Centro de Saúde do Bom Jesus abre para menos urgentes
A grande afluência às urgências do hospital e dos centros de saúde fez o Governo tomar a decisão de abrir o Centro de Saúde do Bom Jesus de segunda a sexta-feira, entre as 16 e as 24 horas.
“Continuamos a apelar, como o fizemos no início da pandemia, para a população usar criteriosamente os serviços de saúde à disposição.”
O Centro de Saúde do Bom Jesus vai passar a funcionar entre as 16 e as 24 horas já a partir de segunda-feira, dia 20 junho, e por tem
po indeterminado, para atender doentes pouco ou não urgentes.
O anúncio foi feito ontem pelo secretário regional de Saúde e Proteção Civil numa conferência de imprensa realizada na sede da Secretaria por si tutelada, na Rua da Carreira. Pedro Ramos explicou que tem havi
do um grande afluxo de pessoas às urgências, muitas delas falsas urgências, mas que acabam por ser atendidas na mesma, mesmo que quatro horas depois. Só para dar dois exemplos, o secretário regional explicou que num só dia desta última semana, as urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça registaram 400 entradas. Machico, cujo número máximo de entradas nas urgências costuma ser 100, já chegou aos 200.
Esta reorganização é mais uma desde o início da pandemia, no sentido de “continuarmos a proteger a proteger os profissionais e a população em geral”. Recordando que o atendimento nas urgências faz-se face à triagem de Manchester desde 2005, Pedro Ramos lembrou que o doente não urgente tem cerca de quatro horas para ser atendido ou recorrer a outros serviços de saúde. Admitindo que estamos a assistir a esta situação nos últimos tempos, a casos destes, o governante disse que a solução encontrada, em grupo, foi a de arranjar esta resposta alternativa que é a de fazer com que o Centro de Saúde do Bom Jesus seja capacitado para funcionar até às 24 horas, de segunda a sexta-feira. Isto correspondendo a um período em que há maior afluência nas unidades de saúde em geral.
Questionado pelo JM sobre se o facto de a esmagadora maioria dos elementos que integravam a mesa era um sinal de que pode haver um recuo nesta altura da pandemia, o secretário regional de Saúde e Proteção Civil rejeitou perentoriamente, garantindo que é apenas uma questão de precaução, por todos os elementos trabalharem no hospital.
Quanto ao que está a acontecer ao nível nacional, com hospitais a terem dificuldades em fazer escalas em determinadas áreas, como é o caso da obstetrícia, Pedro Ramos garantiu que a Madeira tem tido uma política constante de reconhecimento no Serviço Regional de Saúde. “Temos feito tudo para fixar os nossos profissionais no sistema público”, sublinhou Pedro Ramos.