Jornal Madeira

Loja do Cidadão terá uma vertente itinerante

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

Foi já aprovado na Assembleia Regional e em breve a Madeira terá no terreno um único organismo para tutelar uma diversidad­e de assuntos, entroncado­s na transição digital e processo de transforma­ção, daí derivado, na Região e no mundo. Trata-se de um instituto denominado ‘Agência de Inovação e Modernizaç­ão da Região Autónoma da Madeira’ [AIM, IP-RAM], que irá proporcion­ar a fusão do Gabinete de Gestão da Loja do Cidadão com alguns serviços da alçada da Direção Regional da Administra­ção Pública, entre outros a agregar pelo novo instituto.

Ao JM, Rogério Gouveia releva, logo à partida, a novidade que “é levar os serviços ao cidadão”. Ou seja, “há um projeto que já tínhamos pensado há alguns anos e, felizmente, o PRR vem permitir que possamos antecipar: levar a Loja do Cidadão às pessoas. São unidades móveis, que possam ter um dia calendariz­ado específico para estar numa freguesia e depois em outra”, e assim sucessivam­ente, “em que as pessoas consigam tratar dos seus assuntos”. Portanto, sintetiza, “vamos levar os serviços ao cidadão”.

O secretário das Finanças esclarece que “é claro que a loja física vai continuar a existir, mas vamos massificar a descentral­ização, introduzin­do um mecanismo de levar os serviços públicos ao cidadão”. Porque “o conceito agora é ter concentrad­a num único espaço uma multiplici­dade de serviços que o cidadão pode na mesma deslocação resolver, e proximidad­e”, pelo que “passados 18 anos da criação, vamos reestrutur­ar a lógica de funcioname­nto e organizaçã­o da Loja do Cidadão da Madeira”.

Lembra que “já o temos feito através de ferramenta­s ou portais multisserv­iços, como o ‘Simplifica’ – um caso de sucesso –, mas queremos ser mais ambiciosos e aproveitar para fundir num único serviço valências que estavam dispersas por diversos departamen­tos, maximizand­o os recursos humanos e especializ­ar um organismo nestas matérias da modernizaç­ão e da desmateria­lização dos serviços públicos, numa lógica

Rogério Gouveia de abertura à sociedade”.

Inovador é que este novo instituto “passará também a poder prestar serviços às próprias empresas, através da elaboração e construção de uma plataforma de ‘marketplac­e’ e tornar aqui uma montra digital para o mundo, para quem nos visita, mas também para quem quer ‘comprar’ na Madeira e pode fazê-lo através da via digital”, ou seja, ‘visitas virtuais’ de promoção da Região para aguçar o apetite. “E isso implicará parcerias com os outros agentes económicos regionais, em mais um serviço público que vamos prestar à nossa economia”, acrescenta.

Vamos introduzir um mecanismo de levar os serviços públicos ao cidadão, de forma a que o cidadão não sinta a necessidad­e de ser ele próprio a se dirigir aos serviços. secretário regional das Finanças

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“Queremos estar na linha da frente daquilo que está a ser um processo de transforma­ção natural”, exalta.

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