Loja do Cidadão terá uma vertente itinerante
Foi já aprovado na Assembleia Regional e em breve a Madeira terá no terreno um único organismo para tutelar uma diversidade de assuntos, entroncados na transição digital e processo de transformação, daí derivado, na Região e no mundo. Trata-se de um instituto denominado ‘Agência de Inovação e Modernização da Região Autónoma da Madeira’ [AIM, IP-RAM], que irá proporcionar a fusão do Gabinete de Gestão da Loja do Cidadão com alguns serviços da alçada da Direção Regional da Administração Pública, entre outros a agregar pelo novo instituto.
Ao JM, Rogério Gouveia releva, logo à partida, a novidade que “é levar os serviços ao cidadão”. Ou seja, “há um projeto que já tínhamos pensado há alguns anos e, felizmente, o PRR vem permitir que possamos antecipar: levar a Loja do Cidadão às pessoas. São unidades móveis, que possam ter um dia calendarizado específico para estar numa freguesia e depois em outra”, e assim sucessivamente, “em que as pessoas consigam tratar dos seus assuntos”. Portanto, sintetiza, “vamos levar os serviços ao cidadão”.
O secretário das Finanças esclarece que “é claro que a loja física vai continuar a existir, mas vamos massificar a descentralização, introduzindo um mecanismo de levar os serviços públicos ao cidadão”. Porque “o conceito agora é ter concentrada num único espaço uma multiplicidade de serviços que o cidadão pode na mesma deslocação resolver, e proximidade”, pelo que “passados 18 anos da criação, vamos reestruturar a lógica de funcionamento e organização da Loja do Cidadão da Madeira”.
Lembra que “já o temos feito através de ferramentas ou portais multisserviços, como o ‘Simplifica’ – um caso de sucesso –, mas queremos ser mais ambiciosos e aproveitar para fundir num único serviço valências que estavam dispersas por diversos departamentos, maximizando os recursos humanos e especializar um organismo nestas matérias da modernização e da desmaterialização dos serviços públicos, numa lógica
Rogério Gouveia de abertura à sociedade”.
Inovador é que este novo instituto “passará também a poder prestar serviços às próprias empresas, através da elaboração e construção de uma plataforma de ‘marketplace’ e tornar aqui uma montra digital para o mundo, para quem nos visita, mas também para quem quer ‘comprar’ na Madeira e pode fazê-lo através da via digital”, ou seja, ‘visitas virtuais’ de promoção da Região para aguçar o apetite. “E isso implicará parcerias com os outros agentes económicos regionais, em mais um serviço público que vamos prestar à nossa economia”, acrescenta.
Vamos introduzir um mecanismo de levar os serviços públicos ao cidadão, de forma a que o cidadão não sinta a necessidade de ser ele próprio a se dirigir aos serviços. secretário regional das Finanças