Reunião de Câmara não discutiu saída da AMRAM
A possível saída de Santa Cruz da Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira (AMRAM) não foi discutida na reunião de ontem da Câmara Municipal.
O JM sabe que o assunto deverá ser objeto de uma proposta para ser apreciada, primeiro, na Câmara Municipal e, depois, na Assembleia Municipal, mas o documento ainda estará na sua fase de elaboração, pelo que não entrou nos pontos da agenda da reunião de ontem.
O autarca anunciou recentemente o interesse de Santa Cruz sair da AMRAM, por considerar que a organização se tornou hoje num “passeio de vaidades” que não luta pelos interesses dos municípios em questões como o IRS ou contratos-programa. Numa troca acesa de palavras, Pedro Calado, presidente da AMRAM, chegou a dizer a Filipe Sousa que “se quer sair, que saia”.
Santa Cruz é hoje um dos concelhos com maior peso na Região. Além de ser vizinho do Funchal e de muitos dos seus moradores trabalharem na capital, Santa Cruz é o segundo território mais populoso da Região [42.171 residentes, de acordo com os resultados provisórios dos Censos 2021], ficando apenas atrás do Funchal. Ademais, o orçamento municipal santa-cruzense de 24,1 milhões de euros é o segundo maior, atrás dos 110 ME do
Funchal, mas à frente de Câmara de Lobos (24 ME) ou Machico (13 ME).
Ainda sem a proposta de saída pronta, os assuntos na reunião de Câmara de ontem foram outros. Assim, a autarquia deliberou, por unanimidade, atribuir a Medalha Municipal de Dedicação Pública, 1.ª Classe, aos atuais comandante e subcomandante da corporação de Bombeiros Sapadores do Município de Santa Cruz, Duarte Nuno Almada Castro Ferro e José Marildo Correia Rodrigues. Uma distinção que pretende homenagear o percurso profissional dos dois elementos e o papel determinante que desempenharam. Filipe Sousa explicou que as medalhas serão entregues já na próxima semana, no decorrer da sessão solene do Dia do Concelho.