Jornal Madeira

“CORRER ATRÁS DO PREJUÍZO” COM AGENDA CHEIA

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Isso que o diga Licínia Gonçalves, wedding planer da Heartmade, que recorda que a maioria dos casamentos acabaram por ser reagendado­s para 2021, ano o qual acabou por ser marcado por muito cansaço. “Tínhamos trabalho à quinta, sexta e ao sábado e vários trabalhos muitas vezes no mesmo dia. As empresas tiveram de fazer um jogo de cintura muito grande”, contou a empresária. Todavia, segundo a responsáve­l, o ano passado ainda ficou aquém das expectativ­as, já que os profission­ais do setor continuara­m a ter de “correr atrás do prejuízo”. “Se calhar só no final deste ano é que vamos conseguir compor estes últimos dois anos. Ainda temos de trabalhar mais um bocadinho”, apontou, reconhecen­do também que a inflação de preços é uma das cicatrizes da pandemia, que obrigou a sua empresa a rever alguns valores.

Não obstante as dificuldad­es sentidas, as bodas adiadas já estão todas ‘despachada­s’ e 2022 mostra-se promissor, dado que a agenda da Heartmade está praticamen­te fechada, à semelhança do que se verifica para 2023, que “também está a ficar muito composto”, com cerca de meio ano já reservado.

“Ainda estamos em junho e as pessoas estão com muita vontade de deixar as datas muito bem definidas. Talvez porque tiveram o exemplo deste ano em que foi bastante complicado arranjar datas e fornecedor­es, tendo-se de fazer adiamentos para 2023 por falta de espaços”, explanou. Já quanto aos casamentos pós-covid, Licínia Gonçalves afirma denotar uma felicidade diferente. “O que acho é que depois da pandemia as pessoas celebram este dia como ele verdadeira­mente deve ser celebrado: como sendo um hino ao amor e uma celebração da relação das pessoas com as pessoas que lhes são queridas. Foi uma coisa que faltou durante a pandemia”, constatou, realçando ainda que, no período pandémico, verifica uma maior tendência para os casais procurarem wedding planners que organizem a cerimónia na totalidade.

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