“Estender” época de verão no Porto Santo e baixar o IVA e a TSU
O presidente da Associação de Indústria, Comércio, e Turismo do Porto Santo (AICTPS), Miguel Velosa, revela ao JM que, neste momento, a Ilha Dourada “já está com um grande fluxo de turistas, o que reflete o aumento de todas as atividades comerciais”. Apesar de não chegar aos 100%, a procura pelo destino Porto Santo pode, já este ano, vir a causar ‘um bom problema’, pelo que é essencial uma “solução que passa por as diversas entidades envolvidas” no destino da Ilha Dourada. É importante “criarem sinergias e soluções para as empresas puderem manter a situação financeira e contributiva em dia. Julgamos que a redução do IVA e da TSU seriam duas medidas assertivas nesse sentido”, reforça.
Quando questionado se acredita que o Porto Santo tem dimensão para acolher tantos turistas já durante este verão, o presidente da AICTPS acautela que se as agências “fazem as reservas” é porque o destino Porto Santo “é viável”, revelando, no entanto, que se pode “atingir o overbooking”.
Obviamente, que era “bom estender o verão para 5 meses, o que anteriormente ficava pelos 2/3 meses. Todas as empresas estão a se esforçar para conseguir colmatar algumas possíveis falhas. De qualquer forma, acreditamos que vamos conseguir ultrapassar os obstáculos e criar planos estratégicos para que possamos manter esta procura que se acentuou no ano transato e que espero que se mantenha no futuro”, reforça.
Problema da mão de obra
Quando questionado pela falta de mão de obra, aquilo que os empresários do Porto Santo mais se queixam, Miguel Veloso ressalva que o “problema é transversal”, não é apenas referente á Ilha Dourada. “Claro que no Porto Santo as dificuldades acrescem derivado à sazonalidade e também à falta de cursos profissionais. As micro empresas locais não têm capacidade para importar profissionais do exterior, como estão a fazer os grandes grupos hoteleiros que operam no Porto Santo”, reforça.
A nível hoteleiro, por exemplo, neste momento, “estão com médias acima dos 80%”, revelou ao Jornal, adiantando que são os “turistas portugueses” em maior número, um “mercado que tem vindo a aumentar com as novas companhias a operar para a ilha e com os habituais mercados emissores europeus”, finalizou, Miguel Velosa.