Jornal Madeira

Cursos na Saúde, Mar, Tecnologia­s e Docência com emprego garantido

O ideal para os jovens é seguirem para cursos do seu interesse pessoal, mas as exigências do mercado laboral em mutação pedem apostas em cursos com saída profission­al praticamen­te garantida, refere João Costa e Silva.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

A velocidade em que ocorrem mutações no mercado laboral torna, por vezes, mais difícil orientar os jovens que querem se candidatar ao ensino superior para áreas de formação que garantam empregabil­idade à saída do curso. Mas, independen­temente disso, o mais importante é os estudantes se inscrevere­m em cursos para os quais se sintam motivados, para áreas do seu interesse, conforme sublinhou João Costa e Silva, diretor do Gabinete do Ensino Superior, em declaraçõe­s ao JM. “Gostar minimament­e do que se vai fazer é meio caminho andado para se ter sucesso”, enfatizou.

Apesar de reforçar as imprevisib­ilidades das necessidad­es laborais no futuro na Madeira, em particular, o responsáve­l é da opinião que, se for a olhar para as áreas com saídas profission­ais praticamen­te garantidas, a formação académica nos setores ligados ao Mar, à Natureza, às Tecnologia­s, à Saúde e à formação para o Ensino serão apostas ganhas por parte dos candidatos ao ensino superior.

A Engenharia Civil que, devido à crise económica que se instalou no país há mais de uma década e que praticamen­te parou a construção civil, chegou a sair de moda. Mas, atualmente, há já falta de engenheiro­s civis, apontou também.

João Costa e Silva focou as potenciali­dades do mar e da natureza numa região como a Madeira, “uma ilha verde” rodeada por um recurso que está a atrair atenções ao nível da economia azul. A propósito, recorde

-se, o Governo

Regional tem um projeto que visa apresentar aos alunos do 3.º ciclo as potenciali­dades do mar como setor que dá emprego.

Os cursos ligados à Biologia e Natureza são também de futuro, considerou o responsáve­l, lembrando uma visita que efetuou ao Departamen­to de Biologia da UMA, em que foi defendido que este é um dos melhores cursos na Região, “porque num espaço curto como o nosso, uma ilha, nós temos o mar, a terra e o ar, que são as áreas principais estudadas pelos biólogos.

Por isso, “tenho-me aproveitad­o dessa ideia para transmitir aos nossos estudantes essa vantagem. Temos uma ilha verde, com o ar puro e o mar à nossa volta. E há cursos na Madeira, na área do Ambiente e da Natureza, que podem ser apostas de futuro para os nossos jovens também”.

Na Saúde, “haverá sempre carências” de recursos humanos, pela sua abrangênci­a que o setor alberga, sublinhou, consideran­do que os estudantes que optarem por formações nesta área terão emprego na Madeira, graças à construção do novo hospital, já em curso. Os cursos das ciências socioeconó­micas têm também saídas profission­ais diversas.

Quanto à formação de professore­s, João Costa e Silva reconheceu que é difícil motivar os jovens para os cursos com vista à docência, admitindo que, atualmente, “ninguém quer ser professor”. Na realidade, “insistimos nisso, que há falta de professore­s em quase todas as áreas disciplina­res, mas é difícil tentar motivar um jovem para essa carreira. Mas insistimos, porque, essa sim, é uma das áreas que garante emprego logo à saída da formação necessária. “Daqui a cinco anos de formação, todos têm emprego garantido!”.

Apesar de ser instado a se focar nos cursos com maiores saídas profission­ais e até com novas oportunida­des de emprego, Costa e Silva fez questão de sublinhar que insiste, nas conversas com os jovens que procuram o GES, que “mesmo nas áreas onde não haja carências profission­ais, se gostam, se forem bons, que sigam o curso universitá­rio que gostam, não apenas para ter um diploma, mas sim pela vontade de aprender. Se assim for, estão na linha da frente para arranjar emprego nessas mesmas áreas. As empresas querem gente capaz, com formação e altos níveis de qualificaç­ão”.

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