Região deverá ser em ovos
O presidente do Governo Regional quer que o novo quadro comunitário de apoio [2021-2027] financie as empresas do setor da produção de ovos para que o mercado regional seja integralmente autossuficiente.
“O nosso objetivo é que o mercado nos próximos anos seja abastecido com 100% de ovo regional. Dada a qualidade do nosso produto, não faz nenhum sentido que a Madeira continue a importar ovos para consumo”, disse ontem Miguel Albuquerque, durante uma visita à Ovo do Santo, Lda., uma empresa que abriu uma nova unidade de produção avícola, no Santo da Serra, e que ontem recebeu a visita do presidente do Governo Regional.
Evitando apontar uma data de quando esse objetivo deverá ser concretizado, porque diz não ser “aldrabão”, Miguel Albuquerque definiu, contudo, que o propósito é que tal aconteça “o mais rapidamente possível”.
O presidente do Governo Regional referiu também que os empresários do setor manifestaram a vontade de recorrer ao PRODERAM logo que entre em vigor o próximo o quadro comunitário, a fim de poderem realizar os novos investimentos nas empresas.
Presidente do Governo Regional visitou ontem à tarde a empresa.
Situação atual
Na visita que o governante fez à Ovo do Santo, Lda., Miguel Albuquerque traçou o panorama atual do setor, explicando que, neste momento, mais de 80% dos ovos consumidos na Região são já de produção regional.
“Nós temos duas empresas regionais que trabalham em parceria, o que é muito importante, e neste momento, com os investimentos que as duas empresas estão a realizar, podemos
chegar a uma produção estimada de ovo para o abastecimento regional de mais de 85%”, disse, descrevendo de seguida uma trajetória positiva do mercado.
“O ovo da Madeira é perfeitamente aceite pelos consumidores. A produção tem aumentado, o preço está equiparado. E os empresários decidiram absorver o impacto da subida das rações para manter a vitalização do mercado regional”, comentou.
Refira-se que a Ovo do Santo, Lda. produz atualmente um milhão e quinhentos mil ovos mensais, de acordo a página da empresa na Internet. “A produção divide-se em dois pavilhões com capacidade para 21.080 galinhas cada, equipados com gaiolas enriquecidas, um pavilhão com capacidade para 20.000 para produção de ovos no solo e um pavilhão de recria com capacidade para 23.760 pintas poedeiras no solo”, pode ler-se no site oficial.