Educação deve aproveitar novos desa os de te pos di erentes
Ensino à distância, descentralização, revolução digital, inteligência artificial e momentos disruptivos ajudam o pensamento crítico. Primeira sessão de Jornadas insistiu na importância de valorizar a experiência e abraçar o novo.
O futuro do ensino superior e as novas saídas profissionais. Este foi o foco da primeira sessão da IV edição de Jornadas Madeira. O projeto que o JM volta a levar a todos os concelhos reuniu os contributos de um painel de luxo e começou por fazer o que viria a ser pedido ao longo do debate: descentralizar.
E foi a partir do Museu de Imprensa da Madeira, no centro de Câmara de Lobos, que aconteceram mais de três horas de debate com diferentes contributos. Nem todos foram unânimes, como se esperava, mas todos procuraram responder ao desafio de pensar o ensino superior e as novas profissões.
A sessão de ontem teve duas curtas intervenções de abertura. Primeiro do diretor do Jornal (ver destaque), depois do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, que insistiu na preocupação de uma oferta de ensino com saída profissional e a necessidade de chamar à vida ativa quem não trabalha nem estuda.
O painel seguinte assumiu um peso mais técnico, feito de saber académico e de experiência governativa. Sílvio Fernandes, reitor da UMA, lembrou a relevância da descentralização, das universidades de referência e de deixar alunos mais preparados do que estavam os professores. E João Casanova de Almeida, ex-secretário de Estado do Ensino, acrescentou a revolução digital em curso e a lição que a pandemia deixou, nomeadamente com o ensino à distância. “Não podemos voltar aonde estávamos”, avisou. E convocou outros conceitos como o pensamento crítico, a inteligência artificial, a rigidez dos currículos, a aprendizagem a partir dos momentos disruptivos. Depois do primeiro período de debate, os deputados Bruno Melim e Jacinto Serrão ofereceram à conferência as preocupações dos respetivos partidos.
E foi na segunda parte, já com Pedro Coelho, que foi mais diretamente questionado o papel das universidades no mundo do emprego. O presidente da Câmara introduziu também a questão das bolsas de estudo e, sobretudo, os baixos salários pagos aos licenciados, muito perto dos salários mínimos.
A última intervenção da manhã ajudou a mostrar os caminhos seguidos pela Região. O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia deixou os números e insistiu na estratégia definida. Além do trabalho em rede, Jorge Carvalho vincou a necessidade de aposta na formação e do conhecimento.