Jornal Madeira

Educação deve aproveitar novos desa os de te pos di erentes

Ensino à distância, descentral­ização, revolução digital, inteligênc­ia artificial e momentos disruptivo­s ajudam o pensamento crítico. Primeira sessão de Jornadas insistiu na importânci­a de valorizar a experiênci­a e abraçar o novo.

- Por Miguel Silva msilva@jm-madeira.pt

O futuro do ensino superior e as novas saídas profission­ais. Este foi o foco da primeira sessão da IV edição de Jornadas Madeira. O projeto que o JM volta a levar a todos os concelhos reuniu os contributo­s de um painel de luxo e começou por fazer o que viria a ser pedido ao longo do debate: descentral­izar.

E foi a partir do Museu de Imprensa da Madeira, no centro de Câmara de Lobos, que acontecera­m mais de três horas de debate com diferentes contributo­s. Nem todos foram unânimes, como se esperava, mas todos procuraram responder ao desafio de pensar o ensino superior e as novas profissões.

A sessão de ontem teve duas curtas intervençõ­es de abertura. Primeiro do diretor do Jornal (ver destaque), depois do presidente da Assembleia Legislativ­a da Madeira, que insistiu na preocupaçã­o de uma oferta de ensino com saída profission­al e a necessidad­e de chamar à vida ativa quem não trabalha nem estuda.

O painel seguinte assumiu um peso mais técnico, feito de saber académico e de experiênci­a governativ­a. Sílvio Fernandes, reitor da UMA, lembrou a relevância da descentral­ização, das universida­des de referência e de deixar alunos mais preparados do que estavam os professore­s. E João Casanova de Almeida, ex-secretário de Estado do Ensino, acrescento­u a revolução digital em curso e a lição que a pandemia deixou, nomeadamen­te com o ensino à distância. “Não podemos voltar aonde estávamos”, avisou. E convocou outros conceitos como o pensamento crítico, a inteligênc­ia artificial, a rigidez dos currículos, a aprendizag­em a partir dos momentos disruptivo­s. Depois do primeiro período de debate, os deputados Bruno Melim e Jacinto Serrão ofereceram à conferênci­a as preocupaçõ­es dos respetivos partidos.

E foi na segunda parte, já com Pedro Coelho, que foi mais diretament­e questionad­o o papel das universida­des no mundo do emprego. O presidente da Câmara introduziu também a questão das bolsas de estudo e, sobretudo, os baixos salários pagos aos licenciado­s, muito perto dos salários mínimos.

A última intervençã­o da manhã ajudou a mostrar os caminhos seguidos pela Região. O secretário de Educação, Ciência e Tecnologia deixou os números e insistiu na estratégia definida. Além do trabalho em rede, Jorge Carvalho vincou a necessidad­e de aposta na formação e do conhecimen­to.

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Museu de Imprensa da Madeira acolheu primeira sessão da IV edição de Jornadas Madeira.
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