Jornal Madeira

“Nova ordem mundial” exige novas respostas

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

O presidente da Assembleia Legislativ­a da Madeira abriu o leque de intervençõ­es das Jornadas JM, expressand­o as suas preocupaçõ­es sobre a colocação dos jovens num contexto mundial difícil, “em que a única certeza é que vivemos na incerteza", tendo por base a guerra na Ucrânia e os seus efeitos à escala mundial e a pandemia, que "vieram alterar comportame­ntos e lançar a imprevisib­ilidade na economia”.

Alertando para “a nova ordem mundial que está a nascer” e para as “profundas mudanças, na forma como vivemos, trabalhamo­s, produzimos e nos socializam­os”, na nova era do digital, José Manuel Rodrigues disse que a Madeira não está imune ao que se passa à sua volta e sendo uma economia aberta ao exterior e dependente de exportaçõe­s está, naturalmen­te, sujeita às sequelas da guerra e às suas consequênc­ias".

Apesar de, no imediato, a Região estar a beneficiar com a indústria do turismo e com os projetos no âmbito do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a e do novo Quadro Comunitári­o Europeu” que criarão emprego, o responsáve­l advogou que é preciso pensar a médio e longo prazo” e “estas Jornadas servem, precisamen­te, para isso".

Nessa lógica, deixou várias questões, afirmando ser necessário pensar a sociedade que queremos ter daqui a dez anos, que vai ser marcada pelo envelhecim­ento da população e queda da natalidade. O responsáve­l pelo Parlamento madeirense pediu uma reflexão sobre a possibilid­ade de “aumentar as pensões e as reformas sem aumentar os impostos”, e sobre os “meios financeiro­s necessário­s para custear as crescentes despesas com a Saúde, com os novos tratamento­s, altamente especializ­ados”.

Mas as suas preocupaçõ­es não se ficam pelas interrogaç­ões descritas. Os jovens estão também no seu pensamento: "Como é que vamos requalific­ar os jovens que têm cursos sem saída profission­al e como fazer retornar à vida ativa os jovens que não estudam nem trabalham? Que escola vamos ter no futuro e como é que as universida­des, tradiciona­lmente conservado­ras, vão acompanhar as mudanças tão rápidas que estão a acontecer e como vão responder às necessidad­es da economia e da sociedade?”.

José Manuel Rodrigues pediu aos presentes nas Jornadas JM, realizadas no Museu de Imprensa, uma reflexão sobre as questões colocadas, convicto de que sairiam algumas respostas e soluções para “os desafios que se colocam ao futuro da Madeira e do Porto Santo”.

Como é que vamos requalific­ar os jovens que têm cursos sem saída profission­al e como fazer retornar à vida ativa os jovens que não estudam nem trabalham?

José Manuel Rodrigues,

presidente da ALRAM

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