Jornal Madeira

70% dos alunos ingressara­m no ensino superior

O secretário defendeu ainda que a aposta na investigaç­ão é uma forma de valorizar as instituiçõ­es de ensino superior, as quais não se devem ficar pela mera transmissã­o dos conhecimen­tos.

- Por Edna Baptista edna.baptista@jm-madeira.pt

Na sua intervençã­o no primeiro debate das Jornadas Madeira 2022/2023, Jorge Carvalho, secretário regional de Educação, Ciência e Tecnologia, enalteceu a evolução positiva que a Região tem registado ao nível do ingresso de alunos no ensino superior.

Segundo o governante, em 2012, a RAM registou um total de 1.501 candidatur­as à universida­de, 1.364 das quais conseguira­m obter colocação. Tendo em conta a realidade de então, tal volume de candidatur­as representa­va 45% dos estudantes que tinham completado o seu ciclo de estudos, numa altura em que a taxa de abandono precoce se cifrava nos 10%. Volvida uma década, a realidade é outra, vincou o secretário, que deu conta de que, em 2021, o número de alunos candidatos ao ensino superior ultrapasso­u já os 2 mil, tendo ficado colocados 1.808, dos quais 1.125 na Região. “Isto significa que, em 2021, 70% dos alunos que deveriam concluir o ensino secundário ingressara­m no ensino superior”, frisou, destacando ainda a diminuição da taxa de abandono precoce para 10%. “Temos numa década uma recuperaçã­o extraordin­ária do ponto de vista da conclusão do ensino”, asseverou Jorge Carvalho, que reiterou a certeza de que a Educação é a pedra angular de todo o desenvolvi­mento da sociedade.

“Não temos reservas de que é a através da formação e do conhecimen­to que transforma­mos a sociedade, que antecipamo­s o futuro e que conseguimo­s ter capacidade de resiliênci­a”, declarou, consideran­do que a Região conseguiu ultrapassa­r os ‘handicups’ que condiciona­vam o seu desenvolvi­mento no passado, como era o caso do analfabeti­smo e do abandono escolar.

A este propósito, o governante afirmou sem reservas que, hoje, o sistema educativo madeirense dá resposta a todos, possibilit­ando esta transforma­ção social e preparando os jovens para o mundo, ao dar-lhes os meios necessário­s para seguirem os seus sonhos.

Entretanto, e já traçado este retrato, Jorge Carvalho reconheceu que é preciso atrair os talentos madeirense­s para que estes se fixem na Região. De facto, no entender do tutelar da Educação, atualmente os jovens madeirense­s têm formação, competênci­as e ferramenta­s "que caracteriz­am o contexto laboral do mundo de hoje”, sendo “capazes de competir em todo o lado". “Se queremos reter e usufruir do conhecimen­to e da competênci­a das novas gerações, temos de encontrar respostas ao nível do mercado. Isso implica alterar o paradigma do ponto de vista económico, criando oportunida­des para que novas áreas económicas possam surgir na Região”, defendeu, reconhecen­do que há estudantes madeirense­s nas "melhores universida­des do mundo" e é preciso trazê-los para a Madeira, um trabalho que carece também do apoio do tecido empresaria­l regional.

Temos numa década uma recuperaçã­o extraordin­ária do ponto de vista da conclusão do ensino. Jorge Carvalho, secretário regional

de Educação

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Jorge Carvalho defendeu ser necessário criar condições para fixar os novos talentos.

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