Secretária-geral da CGTP pela primeira vez na Região
Isabel Camarinha vai estar na Madeira na próxima segunda-feira. O programa da deslocação inclui uma arruada até ao Parlamento Regional e um debate-plenário para abordar a precariedade laboral.
Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, desloca-se na próxima segunda-feira à Região.
A primeira visita da dirigente sindical à Madeira integra um programa intenso de trabalho, onde se inclui uma arruada, contactos com sindicatos e trabalhadores e uma audiência com o representante da República para a Região, Ireneu Cabral Barreto.
Em cima da mesa vão estar temas como a precariedade laboral, a inflação, os baixos salários e a consequente perda de poder de compra. As questões associadas à falta de mão de obra também vão ser tema de reflexão.
“Um dos grandes objetivos desta jornada de trabalho passa por debater e analisar diversas iniciativas no âmbito da contratação coletiva, da degradação do trabalho, da perda de salários e de poder de compra associados também à inflação”, avançou ao JM o coordenador da União de Sindicatos da Madeira ( USAM), Alexandre Fernandes.
Isabel Camarinha inicia a agenda de trabalhos na Região pelas 9h30, com um debate-plenário que vai juntar, no auditório do Sindicato da Hotelaria, sindicatos e ativistas, seguindo-se uma arruada até à Assembleia Legislativa da Madeira.
Junto ao Parlamento Regional, será lida e sujeita à aprovação dos participantes uma moção com as diversas propostas e temáticas debatidas durante a manhã.
Alexandre Fernandes apela à participação dos trabalhadores madeirenses e respetivas famílias nesta manifestação, lembrando que é preciso sensibilizar para os problemas laborais e que a falta de rendimento é uma realidade que “a todos afeta”.
Sobre a questão da falta de mão de obra, o dirigente sindical diz que o problema vem de 2011, com o ciclo de emigração, e se agravou com a pandemia. Alexandre Fernandes defende a requalificação dos trabalhadores desempregados para integração em áreas com maior carência de recursos humanos e apela à melhoria de salários e das condições de trabalho.
O sindicalista dá como exemplo os casos de empresas que, na pandemia, acordaram despedimentos de pessoas efetivas e voltaram a contratar, na retoma, os mesmos trabalhadores em vínculo precário.