Forças Armadas terão drones inovadores criados pela ARDITI
O projeto ‘Drones Atlântica’ foi apresentado ontem à ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras.
As Forças Armadas Portuguesas terão quatro modelos de drones “revolucionários e inovadores” concebidos pela ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação, na tutela do Governo Regional, em parceria com a Universidade da Madeira.
O ‘Drones Atlântica’, integrado no Protocolo Sentinela, foi ontem apresentado pelo chefe do Estado-maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, e pelos quatro engenheiros madeirenses que desenvolveram os equipamentos. Os drones Alfa, Bravo, Charlie e Delta serão instrumentos fundamentais na fiscalização e monitorização à plataforma continental, que, para além de muito extensa, alberga a reserva das Selvagens.
A apresentação foi programada no âmbito da visita da ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e foi assistida por entidades regionais como os presidentes do Parlamento madeirense e do Governo Regional, o representante da República e o reitor da Universidade da Madeira.
Silva Ribeiro afirmou aos jornalistas que os novos drones resultam da identificação de uma necessidade operacional das FA, “no sentido de permitir que as nossas operações especiais e serviços de informações cumprissem as suas missões com apoio e tecnologias” com vista à segurança à atividade dos militares e obter informações sobre o campo de batalha para o cumprimento das missões”. Para além disso, serão importantes na vigilância do mar e das florestas, na busca e no socorro, com a Madeira a contar com estes meios para esse efeito.
O projeto terá um custo final de 550 mil euros, disse. O objetivo é, em 2024, estarem criadas condições para a industrialização dos drones da ARDITI. A tecnologia será transferida para as entidades que o Governo Regional identificar para o efeito “e os drones entrarão num processo
normal de produção industrial e comercialização”.
Silva Ribeiro revelou ainda que os drones vão começar, em breve, a ser testados no Comando Operacional da Madeira, bem como no destacamento de ações especiais dos fuzileiros, nas forças especiais do Exército em Lamego e no Centro de Informações e Segurança Militar.
Por seu turno, a ministra da Defesa Nacional manifestou-se surpreendida com o projeto que será fundamental para a segurança militar e para a vigilância do território. Helena Carreiras, que manteve reuniões com as entidades responsáveis regionais, admitiu que a necessidade de reforçar a presença da Defesa nacional na Madeira, em particular em missões de vigilância, tendo em conta o papel das Forças Armadas em situações de catástrofe, calamidade e apoio às populações.