País “confiante” na extensão da plataforma marítima
A ministra da Defesa Nacional reconheceu ontem que o processo de extensão da plataforma continental portuguesa das atuais 200 milhas marítimas “tem demorado”, mas disse que o Estado português está “confiante” que o desfecho na ONU será “positivo” a Portugal.
“É um processo complexo. É um processo que tem demorado. Continuámos a aguardar, confiantes de que possamos ter essa avaliação positiva”, mencionou, ontem, durante uma visita ao Comando Operacional da Madeira.
Se se confirmar essa extensão, o território português passará dos atuais 1,8 milhões de km2 (contando as 200 milhas da Zona Económica Exclusiva) para 3,8 milhões de km2, ou seja, aumentará para quase 40 vezes o território continental português, o que é comparável ao tamanho da Índia. A área terrestre representará apenas 3% do território nacional.
“A responsabilidade que nos traz é muito grande”, disse ontem a ministra, sublinhando que se trata de um “objetivo importante e estratégico para o País”.
Apesar do cenário de tensão na ONU devido à guerra na Ucrânia, a governante negou que o Estado português esteja intencionalmente a adiar o processo de votação do projeto da plataforma para outro momento. “Não me parece que faça sentido essa suposição”, declarou.