NATAÇÃO DE ELITE NA REGIÃO GERA RETORNO DE 43 MILHÕES DE EUROS
O Campeonato do Mundo de Natação Adaptada, que decorreu nas piscinas do Complexo da Penteada entre os dias 12 e 18 de junho, poderá resultar num impacto mediático de 30 milhões de euros nos media ao nível promocional. Se ao Campeonato do Mundo de Natação Adaptada juntarmos o Campeonato da Europa e o Campeonato do Mundo de Fotografia, os números sobem para os 43 milhões de euros, pelo menos segundo a estimativa da Associação de Natação da Madeira.
Este é o resultado de um estudo encomendado pela Associação de Natação da Madeira e que deverá estar concluído apenas no final do mês para posterior divulgação.
“Este estudo solicitado é também uma forma de podermos justificar o investimento que uma organização de um evento desta natureza necessita. No caso do Campeonato do Mundo de Natação Adaptada, foi na ordem dos 2 milhões de euros, que num futuro a breve/médio prazo poderá ter o devido retorno. São milhões e milhões de vezes que o nome Madeira é replicado internacionalmente e isso só pode deixar-nos satisfeitos. Sem confirmação, ainda assim, posso avançar que o impacto ao nível da mediatização do evento poderá rondar os 30 milhões de euros”, explicou à nossa reportagem Avelino Silva, presidente da Associação de Natação da Madeira.
A isto, junte-se o Campeonato da Europa de Natação Adaptada, em agosto 2020, com proveitos na ordem dos 9 milhões de euros, e ainda o Campeonato do Mundo de Fotografia realizado em outubro 2021, no Porto Santo, com um retorno de 4 milhões, e os valores chegam aos 43 milhões de euros.
Já no que toca à economia local, aquele responsável lembrou ainda “a ocupação hoteleira, as dormidas”, bem como “o impacto social e pedagógico” a que se junta “o desenvolvimento da modalidade na Região”. “Se em 2013 o número de praticantes rondava as duas centenas, hoje ultrapassam os mil”, conforme adiantou.
“Sempre que acontece um grande evento, a tendência é sempre de aumento do número de atletas e até da retenção dos mesmos na modalidade”, fez questão de explicar o nosso interlocutor.
Mas não foi só mediaticamente que o Campeonato do Mundo foi positivo. Desportivamente, o evento realizado na Madeira também deixou marcas.
“Foram batidos 17 recordes mundiais. Por aqui já conseguimos perceber a qualidade das delegações que aqui marcaram presença, isto para além dos elogios à capacidade organizativa”, frisou.
Outra das notas deixadas à nossa reportagem vai para o futuro. Ou seja, os alicerces foram lançados para mais eventos, sabendo de antemão que as decisões não passam apenas pelos organismos regionais.
“Foi anunciada recentemente a realização do Open de Portugal no próximo ano. São esperados mais de uma centena de clubes com mais de 600 atletas. Ao nível internacional, temos de perceber que há um tempo para tudo, e que a realização de eventos não passa apenas pela Federação Portuguesa de Natação e associação. Tem também muito a ver com a calendarização internacional, mas uma certeza temos: estamos preparados”, afiança.