Jornal Madeira

Madeira assinala Centenário de Saramago

- Por Marco Milho mmilho@jm-madeira.pt

Os Cadernos de Lanzarote, diários escritos por José Saramago, entre 1993 e 1998, foram o tema central de uma conferênci­a sobre a vida e obra do autor, promovida ontem pelo PCP, no edifício do Colégio dos Jesuítas, no Funchal.

A professora Teresa Nascimento, docente na Universida­de da Madeira, foi a conferenci­sta, numa iniciativa inserida no programa de comemoraçõ­es do centenário do nascimento do Nobel da Literatura. Um dos focos esteve no Último Caderno de Lanzarote, o último número alusivo a este conjunto de diários, datado precisamen­te do ano em que Saramago vê ser-lhe atribuído o Prémio Nobel, e que foi publicado postumamen­te, em outubro de 2018.

“Tratava- se de um ficheiro, segundo Pilar del Rio, que estaria num computador antigo e ela entendeu publicá-lo”, explicou a docente. “É um texto diferente dos anteriores, um texto que eu diria padecer de alguma incompletu­de, como é natural, porque imagino que seria um trabalho em processo”.

A intervençã­o de Teresa Nascimento explorou os diversos números dos Cadernos de Lanzarote, analisando a vida e a obra do autor, incluindo algumas passagens sobre uma visita de Saramago à Madeira, em junho de 1994, para participar na Feira do Livro do Funchal.

“Ao assinalar o centenário de José Saramago, o PCP pretende contribuir para a divulgação e para o debate em torno da obra literária de um dos maiores escritores da língua portuguesa e um dos mais destacados intelectua­is do Portugal de Abril, bem como contribuir para dar a conhecer o seu papel na luta contra o fascismo, em defesa de Abril e o militante comunista que foi até ao fim da sua vida”, disse, por seu turno, o coordenado­r regional do PCP, Edgar Silva.

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