MADEIRA FAZ FALTA AO VOLEIBOL
Juliana Antunes e Tânia Oliveira lideram o ranking nacional de voleibol de praia e encontraram na Madeira o sítio ideal para estágio.
Juliana Antunes e Tânia Oliveira, atuais lideres do ranking nacional de voleibol de praia feminino, asseguram que a Madeira faz falta ao voleibol. Juliana Antunes, porta-voz da dupla, confessou ao JM que a Madeira tem todas as condições para a prática da modalidade, quer ‘indoor´, quer de praia, mas está ciente de que os apoios também não ajudam a uma melhor ‘performance’.
À nossa reportagem, Juliana Antunes começou por agradecer a “hospitalidade e a oportunidade que a Associação de Voleibol da Madeira nos proporcionou” para a realização de um estágio que visa “a preparação para o campeonato nacional”, num local que considera “ter excelentes condições para a prática da modalidade”, explicou ao nosso Jornal.
A isto acrescente-se a falta de um momento competitivo, que vai acontecer amanhã, naquela que será a segunda etapa do Circuito Regional de Voleibol de Praia, que as duas atletas vão participar. “Encontramos esse momento aqui, que certamente irá nos ajudar na nossa preparação”, fez questão de afirmar.
Apesar da realização deste estágio já ter sido ponderado, só agora se proporcionou “até porque também jogamos voleibol ‘indoor’ e o tempo acaba por ser escasso, por isso recebemos este convite com muito agrado, já que nos tem proporcionado experiências diferentes que nos deixam muito felizes”, disse à nossa reportagem a voleibolista.
Juliana Antunes abordou o atual momento do voleibol de praia madeirense para dizer que a Região faz falta à modalidade, lembrando, ainda assim, que está ciente que os apoios nem sempre chegam para tudo.
“Esta falta de apoios é transversal, passa para a formação. A Associação de Voleibol tem feito um trabalho extraordinário a esse nível, mas, lá está, os apoios são muito poucos e isso reflete-se na modalidade. Depois, isto é um ciclo quase sem fim. A Madeira tem todas as condições mas... A praia de Machico é excelente para a prática da modalidade. A praia do Porto Santo, acho um desperdício...”, disse, para logo de seguida acrescentar que estas iniciativas “são ótimas, pois proporcionam uma interligação, novas experiências, partilha de conhecimentos que servem também para trazer os mais jovens para o voleibol”, fez questão de afirmar.
Juliana Antunes recordou, por isso, o exemplo da Madeira no passado.
“A Madeira faz falta. Já foi um exemplo. Faz falta esta troca de experiências. Acho que quanto mais se fizer para elevar a qualidade da modalidade, todos ficaremos a ganhar e a Madeira tem todas as condições para que isso aconteça, mas faltam os apoios. Lembro-me do CS Madeira, do Câmara de Lobos, equipas que lutavam por títulos”, frisou.
A concluir, uma mensagem para os mais jovens: “Treinem. Persigam os vossos sonhos, principalmente aqui na Madeira, pois muitos não têm acesso ao voleibol. Acreditem que tudo é possível de ser realizado”, disse Juliana Antunes.