Turismo de Portugal evidencia papel das ‘low cost’ na retoma
Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, diz que as companhias áreas de baixo custo estão a assumir “uma importância extraordinária” na recuperação dos indicadores turísticos.
“As low-cost estão a assumir uma importância extraordinária na recuperação do turismo”, observa Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal.
Em entrevista ao ‘Dinheiro Vivo’, o madeirense revela-se otimista quanto à possibilidade do Turismo superar já este ano as receitas de 2019, mas alerta para o facto de as empresas ainda estarem descapitalizadas.
“Estamos muito otimistas e acreditamos que os 19 mil milhões de euros são exequíveis [previsões do Banco de Portugal para as receitas turísticas]. Este era o número que tínhamos previsto para 2024, por isso estamos a antecipar. O nosso grande objetivo é atingir os 27 mil milhões de euros em receitas em 2027”, revela, em declarações àquele jornal.
Para o presidente do Turismo de Portugal, o aumento da procura por Portugal reflete-se no aumento das receitas turísticas e justifica a evo
“A grande vantagem de Portugal é ser um destino inclusivo”, diz Luís Araújo, destacando o papel das low cost. lução da capacidade aérea, visível no comportamento de “todas as companhias” que estão a reforçar operações.
Este aumento da procura aplica-se também à Madeira que conta com mais de duas dezenas de rotas em regime charter, com origem nos mercados francês, da Eslovénia, da Áustria, da Islândia e da Bulgária, isto para além a oferta das companhias low-cost cujo potencial tem vindo a crescer desde o início da operação na Região da Ryanair.
Madeira também cresce
Os aeroportos da RAM registaram, no 1.º trimestre de 2022, um movimento de passageiros na ordem dos 625,6 mil, com uma variação homóloga positiva de 431,6% e um acréscimo de 2% face a idêntico trimestre de 2020.
Nas duas infraestruturas aeroportuárias da Região, houve um aumento expressivo do movimento de passageiros, com a Madeira e o Porto Santo a registarem, segundo as contas da Direção Regional de Estatística, variações homólogas de +436,0% e +335,9%, respetivamente.
Para continuar a crescer, o Turismo em Portugal deve, no entender de Luís Araújo, manter a marca da qualidade.
“A grande vantagem de Portugal é ser um destino inclusivo. Estamos a conseguir posicionar-nos mais alto mas estamos a conseguir atrair mercados e segmentos diferentes, tipos de turistas diferentes. Não é uma nova forma de vender Portugal, é reconhecermos que temos uma qualidade extraordinária comparando com a nossa concorrência”, sublinha o líder do Turismo de Portugal, em declarações ao Dinheiro Vivo.