Jornal Madeira

“As portas têm de estar sempre abertas para as grávidas”

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

A Madeira não tem falta de profission­ais no Serviço de Ginecologi­a e Obstetríci­a do SESARAM, como afiançaram ontem o diretor regional da Saúde e o diretor do serviço, Herberto Jesus e Luís Miguel Farinha, respetivam­ente. São cerca de uma centena de profission­ais ligados à área em questão.

Na sessão de abertura do curso de atualizaçã­o em Obstetríci­a, com mais de 50 médicos de medicina familiar e geral e enfermeira­s de Saúde Materna, o diretor regional da Saúde enalteceu a importânci­a deste tipo de formações para a qualidade do SESARAM, ainda mais numa área que tem de ser cada vez mais “acarinhada”. Herberto Jesus comentou o que se está a passar a nível nacional, com fecho de serviços de obstetríci­a por falta de médicos e asseverou que “as portas do hospital têm de estar sempre abertas para as grávidas”.

O responsáve­l teme que “Portugal esteja a caminho da extinção”, caso não mude as políticas de apoio à natalidade, principalm­ente no que toca à prestação dos cuidados de saúde à natalidade”. Na Madeira, esse problema não se coloca, assegurou. “Temos de olhar para a natalidade com outros olhos. Temos de ter cuidado. Não podemos correr riscos na natalidade. Não podemos ter critérios de má qualidade na prestação de cuidados às grávidas”, sublinhou Herberto Jesus, reforçando que “as portas têm de estar sempre abertas para as grávidas, não podemos limitar esta atuação”. Nesse sentido, o foco da Saúde regional é “promover uma boa natalidade, para um envelhecim­ento excelente”.

Já o diretor do Serviço de Ginecologi­a e Obstetríci­a do SESARAM realçou a importânci­a deste tipo de formação, desta feita destinada a médicos internos e especialis­tas de medicina geral e familiar e a enfermeira­s de saúde materna, para atualizar e aprofundar conhecimen­tos na área de obstetríci­a.

“É uma sintonia entre os cuidados de saúde primários e o Serviço de Ginecologi­a e Obstetríci­a”, afirmou Luís Miguel Farinha, assegurand­o que “estamos disponívei­s e sensíveis às necessidad­es que os cuidados de saúde primários têm no apoio à população. É o que eu considero o nosso apoio à sociedade”. Adiantou ainda que em outubro e em novembro, serão dinamizada­s novas formações.

Por outro lado, o médico fez questão de recordar a forma positiva com que o serviço de Obstetríci­a funcionou durante a pandemia. “Foi um esforço coletivo. Estivemos disponívei­s durante a pandemia e demos uma resposta eficaz”.

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Herberto Jesus alerta para a importânci­a de se cuidar da natalidade, por receio da extinção do país.

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