Varicela “dentro do expetável”, mas casos podem aumentar
Os casos de varicela “estão dentro do expetável” na Região. Isso mesmo explicitou, em resposta ao JM, o médico pediatra Manuel Pedro Freitas, que, no entanto, reconhece que “é provável que com o fim do uso da máscara muitas das crianças que, nestes dois anos não contraíram a doença porque estiveram protegidos pelo uso de máscara, agora possam estar mais suscetíveis”.
Ainda assim, o médico garante que os casos desta doença transmitida por via aérea têm sido “residuais e não diferem de anos anteriores" na RAM e não têm levado muitos menores ao hospital, contrariamente ao que se tem verificado relativamente a outras situações virais, “típicas dos meses de inverno, mas que a utilização de máscara está a ‘empurrar’ para o verão”, originando, por conseguinte, uma grande procura das urgências.
O profissional de saúde mais recordou que "a varicela é uma doença infectocontagiosa, ocorre principalmente durante o inverno e a primavera, mas que pode ocorrer durante todo o ano”.
“Ainda que que afete sobretudo as crianças, pode também atingir na adolescência e na fase adulta, todos quantos não a contraíram em criança. É provocada pelo vírus varicela-zoster e o contágio faz-se sobretudo através da transmissão do vírus de crianças infetadas quando tossem, espirram ou falam, mas também através do contacto direto com as lesões do doente. Na esmagadora maioria das crianças a varicela resume-se ao aparecimento das vesiculas e algum prurido, mas nos adolescentes e adultos associam-se a quadros não só de grande exuberância de lesões cutâneas, mas também de mal-estar”, explanou ainda.