CARLOS PEREIRA QUER MARÍTIMO CAMPEÃO
Carlos Pereira, que deixou a presidência do Marítimo há sensivelmente oito meses, vai propor a admissibilidade do Parecer 1 que vai ser apreciado e votado na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), marcada para esta quarta-feira, sobre a categorização dos troféus conquistados entre 1921 e 1938.
O voto favorável vai ser realizado na qualidade de delegado da Liga de Clubes à FPF, cargo pelo qual foi eleito a nível individual, ou seja, não representa o Marítimo, acontecendo o mesmo com Rui Alves, presidente do Nacional, que também foi eleito delegado pela Liga. O líder dos alvinegros, segundo apurou o JM junto de fonte oficial do clube, ainda está a analisar os pareceres que serão apreciados e votados nesta quarta-feira.
O antigo líder dos verde-rubros revelou o sentido do seu voto ao JM, acrescentando que o fará acompanhado com uma declaração. Caso o Parecer 1 seja aprovado na AGE numa votação que vai envolver 84 delegados, o Marítimo passará a deter oficialmente um título de campeão nacional de futebol
Em 2019/20, a FPF decidiu propor aos clubes a criação de uma comissão de análise que agora poderá reescrever a história dos títulos de campeão nacional e dos vencedores da Taça de Portugal.
Os clubes aceitaram, então, que a decisão que viesse a ser tomada não seria contestada. A comissão elaborou dois pareceres, uma pelos títulos do campeonato e outro pelos vencedores da taça, tendo o Sporting, que foi o principal defensor da oficialização dos títulos entre 1921 e 1938 que não são considerados oficiais, apresentado um terceiro parecer.
O parecer n.º 1 é o que mais interessa às pretensões do Marítimo, uma vez que a ser aprovado colocará o emblema madeirense com um título de campeão nacional de futebol. Caso venham a ser aprovados os pareceres número 2 e 3, os verde-rubros deverão passar a ser titulares de um título da Taça de Portugal.
“Na época de 1925/26, o Marítimo disputou um campeonato de Portugal - cujo troféu, por sinal uma réplica, só foi em entregue em 1944 após uma luta permanente para que fosse reconhecido como campeão de Portugal - mas o título nunca foi oficializado”, lembrou Carlos Pereira ao JM, sublinhando que agora estão reunidas todas as condições para que esta injustiça seja ultrapassada”.
“Acho que os pareceres estão muito bem elaborados e na minha opinião pessoal, e também na qualidade de ex-presidente do Marítimo, é o parecer 1 que deve ser aprovado, pois vem repor a verdade desportiva além de defender o clube e a Madeira”, rematou.