Jornal Madeira

“A comunicaçã­o e a política andam sempre lado a lado”

A relação entre a política e a comunicaçã­o social esteve em foco na 'Academia PS', num debate que juntou três jornalista­s da Região e Sérgio Gonçalves.

- Por Bruna Nóbrega bruna.nobrega@jm-madeira..pt

A ‘Academia PS’ promoveu, ontem, no Castanheir­o Boutique Hotel, um frente a frente em que jornalista­s e políticos ‘inverteram’ os papéis para discutir a relação e os desafios entre a comunicaçã­o e a política.

Coube a Sérgio Gonçalves, presidente do Ps-madeira, abrir a iniciativa, que juntou Agostinho Silva, diretor do Jm-madeira, Ricardo Oliveira, diretor do Dn-madeira, e Gil Rosa, subdiretor de conteúdos da Rtp-madeira.

O líder do PS-M, que classifico­u a iniciativa de “muito pertinente”, nomeadamen­te para desmistifi­car o relacionam­ento entre as partes, começou por incitar os três jornalista­s a darem a sua opinião sobre um rol de questões inerentes ao tema, como a forma como a comunicaçã­o social vê a política e a atuação de um político; e que sugestões deixariam aos partidos nesta fase, em que as Eleições Regionais 2023 estão à espreita.

“A comunicaçã­o e a política andam sempre lado a lado”. Foi desta forma que Agostinho Silva, diretor do Jm-madeira, encetou o seu discurso, durante o qual reconheceu que o jornalismo e a política devem manter uma convivênci­a que trate sempre de estar alavancada pelo respeito mútuo, aceitando os diferentes pontos de vista e as diferenças.

Além disso, o diretor do JM-MAdeira foi perentório em afirmar que a agenda de um órgão de comunicaçã­o social deve estar enquadrada às diversas fases que a política tem, mas deixa um aviso: “Não esperem os políticos, que alteremos as nossas prioridade­s de informação apenas porque a fase que aí vem é decisiva”, explanou.

Agostinho Silva fez ainda referência ao facto de os profission­ais do jornalismo serem constantem­ente alvo de pressões de vários quadrantes da sociedade. “Vestimos esta pele e se somos jornalista­s. E se é jornalista­s que queremos continuar a ser, não temos nada que temer críticas e pressões (…) O que nunca devemos temer é de fazer o nosso trabalho”, exortou.

Por seu turno, Gil Rosa, subdiretor de conteúdos da Rtp-madeira, na sua alocução, deixou claro que da parte do canal que dirige há a preocupaçã­o em ser abrangente, correto e respeitar as questões da pluralidad­e política. “Temos vários programas em que os políticos das mais variadas cores políticas têm oportunida­de de fazer passar a sua mensagem. Portanto, se não o conseguem, não será por falta de espaço”, sublinha.

Já Ricardo Oliveira, diretor do Dn-madeira, entende que há uma facilidade e uma proximidad­e entre a comunicaçã­o social e a classe política, defendendo que a relação entre ambas está bem definida e é transparen­te.

Ao longo da discussão, foram ainda mencionado­s assuntos prementes, e já várias vezes debatidos em outras ocasiões, que é a falta de recursos humanos e financiame­nto na comunicaçã­o social, fatores, que, naturalmen­te, acabam por condiciona­r a atividade jornalísti­ca.

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