Jornal Madeira

PORQUE RODAMOS A TAÇA DE VINHO?

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Copo de vinho cheio na nossa mão. Temos um néctar para degustar com toda a atenção que nos merece. Além do aspeto visual que já fizemos referência, antes é necessário cheirar o vinho antes de rodarmos o copo.

Visão, olfato e paladar entram em campo para nos guiar. Todos os sentidos contam. Mas neste caso, vamo-nos cingir à questão do olfato, porque foi um assunto explorado pelo quizz da passada quinta-feira que contou com mais de uma centena de participan­tes (Obrigado!).

O exame olfativo deve começar sem que se rode o copo. Vamos à procura dos aromas de flores, frutas, especiaria­s, couro, relva molhada ou outros. Estes primeiros aromas são chamados de aromas de ataque do vinho, aqueles que vêm primeiro à tona, muito sensíveis e fáceis de se perder por evaporação.

Agora já pode rodar a taça. Vamos oxigenar a bebida. Ao entrar em contato com o oxigênio, o vinho vai liberar aromas "adormecido­s", que não foram percebidos no primeiro exame. Faça um movimento suave, natural e confortáve­l. Se a prática for pouca, rode com o copo apoiado numa mesa.

Rodamos e/ou agitamos os copos, a fim de arejar o vinho e facilitar a libertação dos aromas mais pesados e mais ricos, que são os que precisam de maior contacto com o oxigénio. Arejar os vinhos é fundamenta­l porque eles precisam mesmo de respirar. O nariz, como se sabe, só deteta substância­s voláteis.

Depois passamos à prova. Pomos o paladar à prova. Chegou a hora de verificar o vinho na boca. Deixe-o passear pela boca, o que pode ser feito bochechand­o ou movendo-a suavemente: o importante é que o vinho entre em contato com todas as partes da língua, com o céu da boca e com o interior da bochecha. E beba-o.

Se conseguir - não é fácil - bocheche o vinho.

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