Zelensky diz aguardar “resposta da China” para dialogar
Putin recebe a visita do seu homólogo chinês enquanto o primeiro-ministro japonês está em Kiev. Zelensky anunciou que vai participar na cimeira do G7 prevista para maio em Hiroxima, no Japão.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, saudou ontem a visita a Kiev do primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, um “poderoso defensor da ordem internacional” e disse aguardar “uma resposta da China” para um diálogo sobre o conflito na Ucrânia.
“Estou feliz por acolher em Kiev o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, um defensor verdadeiramente potente da ordem internacional e um amigo de longa data da Ucrânia”, declarou em mensagem no Telegram após um encontro entre os dois dirigentes.
Pouco depois, e no decurso de uma conferência de imprensa, Zelensky anunciou ter “convidado” a China a dialogar e disse “aguardar uma resposta”, num momento em que o seu homólogo chinês está em Moscovo para reforçar a sua aliança com o líder russo Vladimir Putin.
“Propusemos à China que se torne num parceiro” para a busca de uma solução do conflito na Ucrânia, indicou Zelensky.
“Convidamo-lo ao diálogo, aguardamos a vossa resposta”, acrescentou, ao indicar que até ao momento “recebeu sinais, mas nada de concreto”.
O Presidente ucraniano também anunciou que vai participar, através de videoconferência, na cimeira do G7 prevista para maio em Hiroxima, no Japão.
“Aceitei o convite (…) e participarei na cimeira do G7 em Hiroxima num formato 'on line'”, declarou Zelensky no decurso da conferência de imprensa conjunta com Fumio Kishida.
Em Bruxelas, o secretário-geral da NATO considerou ainda ontem que a China tem de dialogar diretamente com o Presidente da Ucrânia para, de facto, construir um acordo de paz duradouro, reconhecendo pontos positivos no plano de Pequim.
“A Ucrânia é que tem de decidir o que são condições aceitáveis para uma resolução pacífica” da invasão que a Federação Russa iniciou há um ano, sustentou Jens Stoltenberg, em conferência de imprensa no quartel-general da Organização do Tratados do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, na Bélgica.