Jovens querem mais psicólogos nas escolas
O hemiciclo regional acolheu, ontem, mais de 100 alunos do 3.º ciclo do ensino básico, de 21 escolas, que debateram ‘A Saúde Mental nos Jovens’.
A Assembleia Regional recebeu, ontem, a XXIII Edição da Sessão Plenária do Projeto Parlamento Jovem Regional, na qual os alunos aprovaram uma proposta de recomendação que solicita o ‘aumento do número de psicólogos nas escolas’, bem como a criação de ‘vagas para médicos psiquiatras, nos centros de saúde’. Os estudantes defendem também ‘serviços de apoio mental para clínicas, hospitais e centros de saúde’ e ‘uma ida anual ao psicólogo escolar, de carácter facultativo, com o objetivo de realizar um rastreio de saúde mental’.
Na resolução, são solicitadas, ainda, ‘palestras nas escolas e nas universidades sobre saúde mental nos jovens, por forma a informar os jovens das consequências da má saúde mental, bem como sensibilizar e formar docentes, não docentes e encarregados de educação, alertando-os para um problema, comum na adolescência, e dando-lhes ferramentas para lidar com estes casos e desmistificar preconceitos’.
Os jovens entendem, igualmente, ser necessário ‘criar uma linha SPS - Serviço de Prevenção do Suicídio, ligada simultaneamente a um centro de psicologia, aos serviços da Polícia de Segurança Pública e à EMIR, colocar cabines telefónicas em lugares estratégicos, como sejam por exemplo pontes e precipícios, e desenvolver campanhas de sensibilização nas redes sociais e nos principais meios audiovisuais bem como promover consultas de psiquiatria mais acessíveis, incluídas nas consultas de rotina’.
José Manuel Rodrigues, o presidente da Mesa, evidenciou que, de facto, “as doenças mentais são a nova e grande preocupação da humanidade neste início do século XXI”, justificando esta fotografia com “os tempos conturbados e incertos que atravessamos”. Depois da pandemia, a guerra e os “problemas económicos derivados da inflação e da subida das taxas de juro afetam, também, a qualidade de vida das pessoas e, consequentemente, a sua sanidade mental”.
Já Marco Gomes, diretor regional de Educação, enalteceu o envolvimento de jovens, professores e diretores de escolas “nesta experiência daquilo que é o funcionamento da democracia”, num “importante contributo para as competências dos alunos no ensino obrigatório”.