Subsídio de risco de 60% da remuneração base
O pagamento do subsídio de risco aos enfermeiros do SESARAM que em 2021 trabalharam com doentes infetados com covid-19 será efetuado este ano, num ato único, no montante de 60% da remuneração base mensal, anunciou, ontem, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), através de um comunicado enviado às redações.
O Sindicato realça o facto de esta ser uma das principais decisões da recente reunião entre o SINDEPOR e o secretário regional de Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos.
De acordo com a mesma nota, o pagamento será estabelecido em Decreto Legislativo Regional, com o respetivo montante a passar agora para os 60% e não 55%, como chegou a estar previsto.
“Ficamos contentes por este pagamento ficar finalmente garantido através de Decreto Legislativo Regional. No entanto, consideramos que o valor a pagar deveria ser superior aos 65%, tendo em conta o empenho dos enfermeiros numa fase tão crítica e os riscos que correram, pessoais e nas suas famílias”, afirma Evaristo Faria, coordenador da região da Madeira do SINDEPOR.
Nesta reunião, Pedro Ramos assumiu o compromisso de atribuir 4 pontos a todos os enfermeiros do SESARAM, EPERAM, na avaliação do biénio 2023/2024, indicando tratar-se de “uma regra excecional para valorizar esta classe profissional”. “O SINDEPOR aceita os 4 pontos, mas defendemos e continuaremos a defender a atribuição de 6 pontos”, ressalva Evaristo Faria.
Noutro ponto, o SINDEPOR apresentou soluções que permitem um regresso justo dos enfermeiros forçados a emigrar na fase de crise económica e financeira que conduziu ao Programa de Ajustamento Economico e Financeiro (PAEF).
O sindicato defendeu também a reforma dos enfermeiros aos 60 anos, por ser uma profissão de desgaste elevado e célere.