Pede ajuda e acaba detido por posse de arma proibida
É um caso um tanto ou quanto caricato. Um homem, de 38 anos, que chamou a PSP em São Roque, no Funchal, acabou por ser detido, esta quinta-feira, em flagrante delito, pela suspeita do crime de posse ilegal e utilização de arma de fogo não autorizada, isto depois de o seu “cão de raça perigosa ou potencialmente perigosa” ter ferido com gravidade um familiar, de 67 anos.
O episódio foi dado a conhecer, ontem, por parte do Comando Regional da PSP Madeira, que, em comunicado, contou que a detenção ocorreu na sequência de um pedido de auxílio por parte do próprio detido, quando o mesmo se encontrava no interior da sua residência a tentar controlar um canídeo, “de sua propriedade”, o qual insistia em atacar um dos seus familiares.
Porém, na chegada da patrulha da Divisão Policial do Funchal ao local da ocorrência, foi verificado que o cão “tinha sido abatido pelo agora detido, com recurso a disparos de uma arma de fogo, calibre 6,35 mm, tendo-lhe esta sido apreendida por posse ilegal e utilização não autorizada”, explica.
Dono não habilitado com curso
A PSP adianta ainda que o proprietário do canídeo não estava habilitado com o curso de formação de detentores de cães perigosos ou potencialmente perigosos, “estando ainda a serem averiguadas as condições de licenciamento do animal”, informou.
Recorde-se que o ataque do cão de raça ao homem, de 67 anos, que sofreu ferimentos de alguma gravidade nos membros inferiores, foi noticiado ontem pelo JM na sua edição impressa.
A PSP aproveitou a situação para alertar para a necessidade de cumprimento de todas as obrigações legais de licenciamento, identificação (chip) e vacinação que os proprietários de canídeos devem observar, e em particular das obrigações adicionais para os proprietários de cães de raças potencialmente perigosas.