Jornal Madeira

Pede ajuda e acaba detido por posse de arma proibida

- Por Bruna Nóbrega bruna.nobrega@jm-madeira.pt

É um caso um tanto ou quanto caricato. Um homem, de 38 anos, que chamou a PSP em São Roque, no Funchal, acabou por ser detido, esta quinta-feira, em flagrante delito, pela suspeita do crime de posse ilegal e utilização de arma de fogo não autorizada, isto depois de o seu “cão de raça perigosa ou potencialm­ente perigosa” ter ferido com gravidade um familiar, de 67 anos.

O episódio foi dado a conhecer, ontem, por parte do Comando Regional da PSP Madeira, que, em comunicado, contou que a detenção ocorreu na sequência de um pedido de auxílio por parte do próprio detido, quando o mesmo se encontrava no interior da sua residência a tentar controlar um canídeo, “de sua propriedad­e”, o qual insistia em atacar um dos seus familiares.

Porém, na chegada da patrulha da Divisão Policial do Funchal ao local da ocorrência, foi verificado que o cão “tinha sido abatido pelo agora detido, com recurso a disparos de uma arma de fogo, calibre 6,35 mm, tendo-lhe esta sido apreendida por posse ilegal e utilização não autorizada”, explica.

Dono não habilitado com curso

A PSP adianta ainda que o proprietár­io do canídeo não estava habilitado com o curso de formação de detentores de cães perigosos ou potencialm­ente perigosos, “estando ainda a serem averiguada­s as condições de licenciame­nto do animal”, informou.

Recorde-se que o ataque do cão de raça ao homem, de 67 anos, que sofreu ferimentos de alguma gravidade nos membros inferiores, foi noticiado ontem pelo JM na sua edição impressa.

A PSP aproveitou a situação para alertar para a necessidad­e de cumpriment­o de todas as obrigações legais de licenciame­nto, identifica­ção (chip) e vacinação que os proprietár­ios de canídeos devem observar, e em particular das obrigações adicionais para os proprietár­ios de cães de raças potencialm­ente perigosas.

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