Jornal Madeira

Nobel do Ensino não veio para a Madeira

João Apolinário, da APEL, era um dos dez finalistas ao prémio ‘Global Teatcher Prize’, que acabou por ser atribuído a Ana Moniz, do Bombarral.

- Por Paula Abreu paulaabreu@jm-madeira.pt

O prémio ‘Global Teacher Prize’ – Portugal foi atribuído à docente Ana Moniz, do Bombarral, distrito de Leiria. O madeirense João Apolinário (na imagem ao centro e ao lado da vencedora), da escola da APEL, era um dos dez finalistas, mas o júri acabou por distinguir o trabalho desenvolvi­do pela professora do Ensino Especial, na escola do Bombarral.

No seu discurso, ontem, em Lisboa, a docente agradeceu à entidade promotora do prémio por ter acreditado na sua “loucura”. Entende que estar com crianças com necessidad­es especiais é o seu “espírito de missão”.

A docente do Agrupament­o de Escolas Fernão do Pó, no concelho de Bombarral, trabalha diretament­e com cerca de 126 alunos desde o pré-escolar ao 12.º ano, numa intervençã­o mais direta com alunos com perturbaçã­o do espectro do autismo que frequentam o Centro de Apoio à Aprendizag­em. Contribuiu para a criação de espaços de aprendizag­em ativos e diferencia­dores, para a criação de uma sala Snoezelen e para a dinamizaçã­o de técnicas multissens­oriais

Recorde-se que tal como noticiou o JM, o jovem professor de Educação Física e UFCDS de Desportos da Natureza na escola da APEL foi indicado por um ex-aluno e, de entre cerca de 120 candidatos, fez parte do restrito leque de dez finalistas ao prémio promovido em Portugal pela ‘Mentes Empreended­oras’ e pela Fundação Santander, como forma de destacar os professore­s que têm marcado a diferença no ensino em

Portugal.

João Apolinário chamou a atenção do júri do prémio por este “encontrar no rapel, na escalada, no tiro com arco, na orientação, na canoagem, nas expedições e peregrinaç­ões, ‘salas de aula’ nutridas de neutralida­de no que concerne a discrepânc­ias entre aptidões e com doses adequadas de risco, capazes de evidenciar o que de melhor existe em cada jovem”.

Em declaraçõe­s recentes ao nosso Jornal, o professor de 33 anos considerav­a que mesmo não ganhando, ser um dos dez finalistas era já um grande reconhecim­ento profission­al e pessoal.

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