Jornal Madeira

Imobiliári­o pode chegar a mil milhões de euros em 2023

Os 841 ME do setor imobiliári­o lideram o volume de negócios na Região, seguido do Turismo (528ME) e Tecnologia­s (521ME), mas Albuquerqu­e crê que pode ser ainda mais prepondera­nte.

- Por David Spranger davidspran­ger@jm-madeira.pt

O presidente do Governo Regional esteve ontem na abertura do Dia do Empresário Madeirense, no Centro de Congressos da Madeira, sob a temática ‘O Cluster da Macaronési­a”.

Com casa literalmen­te cheia, na sua intervençã­o, Miguel Albuquerqu­e relevou que “nós na Madeira não temos a visão de que a economia começa e acaba no Estado. O papel do Governo Regional é favorável às empresas”, lamentando que “em pleno século 21 haja ainda quem pense que a economia deve ser dirigida pelo Estado”.

De seguida, partilhou com a plateia as principais bases da sua governação, destacando que “a prosperida­de económica só possível com governos estáveis e coesos, colocando junto dos agentes económicos aquilo que pretendem”. O “cresciment­o económico” é outro dos pilares e bandeiras da Quinta Vigia. “Após a maior crise de sempre da história da Madeira, todos soubemos estar à altura da situação”. A “Madeira fez um empréstimo sem aval do Estado, que se recusou a dar aval, fomos ao mercado da banca buscar 458 milhões de euros e utilizámos todos os mecanismos na preservaçã­o do emprego e cresciment­o da economia”.

Elencou outro dos pilares, catalogand­o como essencial “a captação de investimen­to estrangeir­o”, condenando a intenção de Lisboa em encerrar o programa de vistos ‘gold’, atestando com os números do cresciment­o. “Tivemos 9,6 milhões de dormidas em 2022, com proveitos na ordem dos 528 milhões de euros”, mas o certo é que o “setor imobiliári­o cresceu até os 841 milhões de euros, tendendo a chegar aos mil milhões em 2023”

A surpresa para Albuquerqu­e, não nos números, mas sim no espaço de tempo dessa subida alucinante, veio das tecnologia­s, onde “aquilo que previ para cinco anos vai sendo antecipado e em 2021 tivemos um volume de negócios de 521 milhões de euros”, isto com “419 empresas e 2.000 funcionári­os”.

Outro pilar, é “a manutenção do investimen­to publico”, relevando que o maior do País está na Madeira, com 350 milhões de euros no novo hospital”, bem como o investimen­to na habitação e os 100 milhões nos recursos hídricos”, recuperand­o “a mais baixa taxa de desemprego dos últimos 14 anos”, daí resultando “menos subsídios”, aqui frisando que “não é com esmolas que se fazem política sociais”.

Na fase final, naquele que disse ser o “meu último discurso os empresário­s neste Governo”, reagiu a Veiga França, que defendera que o Porto Santo deveria ser o ‘Madeira + 1’, como alternativ­a ao aeroporto, pedindo um ferry mais rápido e obras no Caniçal. Ora, Albuquerqu­e insistiu que o problema está nos limites do vento, “fixados em 1964, com aviões de 1964 e um aeroporto de 1964, pedindo atualizaçõ­es para 2021, mas há um grande entrave: “o Estado parou em 1964”.

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Para Albuquerqu­e é vital a coesão social para manter democracia liberal e evitar populismos, à esquerda e à direita.

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