Portas vê contraste de “climas” entre a Madeira e o continente
Enquanto por cá Paulo Portas vê os madeirenses “satisfeitos” com as “políticas e os resultados económicos”, no continente nota uma “deterioração do clima”, apesar dos dados da economia.
No Dia do Empresário Madeirense, Paulo Portas voltou à Madeira com uma mão cheia de elogios à governação regional e aos empresários madeirenses, o que contrastou com os alertas que deixou sobre a atual “tensão política” nacional e com as críticas às “conversas típicas de café do continente de que ‘já não posso ver turistas à frente’”.
Para Paulo Portas, na Madeira, “há satisfação com a estabilidade política e com a estabilidade económica”, enquanto ao nível nacional há “uma deterioração do clima político”, apesar dos resultados económicos.
O antigo vice-primeiro-ministro na coligação PSD-CDS liderada por Pedro Passos Coelho comparou dados macroeconómicos entre a Madeira e o continente e concluiu que por cá o crescimento do PIB é maior, a redução da dívida e da inflação são mais expressivas, o desemprego está mais baixo e o resultados no turismo destacam-se ao nível nacional. Elogiou ainda o trabalho que está a ser feito nas escolas da Madeira, na área da computação, e assinalou a importância das parceiras entre os setores público e privado. Disse até que se na União Europeia não houver também parceiras entre público e privado, a Europa corre “o risco de perder a Liga do
Campeões da economia do futuro”.
As opiniões de Portas foram escutadas por uma sala cheia de empresários, no Centro de Congressos da Madeira, que o foram ouvir falar sobre a ‘Nova ordem mundial e instabilidade atual: as tendências geopolíticas de um mundo em mudança’.
Intervindo na qualidade de CEO da Vinciamo Consulting, uma empresa que o próprio fundou, Paulo Portas avaliou que 2023 será “mais positivo" para Portugal “do que alguns previam”, embora “menos brilhante do que no ano anterior”.