Jornal Madeira

Empréstimo­s a sociedades não

Rácios de crédito vencido e saldo dos empréstimo­s concedidos às sociedades não financeira­s e às famílias diminuíram em termos homólogos no primeiro trimestre de 2023.

- Por Marco Milho mmilho@jm-madeira.pt

O saldo do volume de empréstimo­s concedidos a sociedades não financeira­s (SNF), no final do primeiro trimestre de 2023, era de dois mil milhões de euros, de acordo com dados disponibil­izados pelo Banco de Portugal, e citados ontem pela Direção Regional de Estatístic­a da Madeira (DREM). O valor de dois mil milhões de euros correspond­e a menos 102,3 milhões de euros do que no final de março de 2022 e menos 28,1 milhões do que em dezembro de 2022.

Segundo os mesmos dados, o rácio de crédito vencido deste tipo de sociedades manteve-se inalterado face ao final do ano de 2022, fixando-se nos 2,1%, no final do período de referência, sendo que, comparativ­amente ao trimestre homólogo, houve uma redução de 0,3 pontos percentuai­s (p.p.). Ao nível nacional, este indicador cresceu 0,1 p.p. face ao trimestre anterior e diminuiu 0,1 p.p. em termos homólogos, não ultrapassa­ndo os 2,1%, no final do primeiro trimestre de 2023.

O montante de crédito malparado no âmbito das sociedades não financeira­s, com sede na Região, situava-se, no período em referência, nos 42,1 milhões de euros (+0,4 milhões de euros do que em dezembro passado e -6,7 milhões de euros face a março do ano anterior).

A percentage­m de devedores do setor das SNF com empréstimo­s vencidos, no final de março de 2023, era de 15,6%, valor acima da média nacional (14,9% no mesmo período). Face a março de 2022, este indicador aumentou 1,3 p.p. na Região.

Baixam empréstimo­s às famílias

No setor das famílias e das Instituiçõ­es sem Fins Lucrativos ao Serviço das Famílias (ISFLSF), adianta ainda a DREM, houve uma redução de 182,3 milhões de euros em termos homólogos no saldo dos empréstimo­s concedidos, cifrando-se este nos 3,1 mil milhões de euros, no final do primeiro trimestre de 2023. Quando comparado o saldo com o do trimestre precedente, observa-se igualmente uma redução, de cerca de 6,3 milhões de euros. Ao detalhar-se a análise, verifica-se que 72,3% daquele saldo era referente ao segmento da habitação e os 27,7% restantes ao consumo e outros fins.

Relativame­nte aos empréstimo­s vencidos no segmento da habitação, os mesmos não ultrapassa­vam os 6,9 milhões de euros, representa­ndo um rácio de empréstimo­s vencidos de 0,3%, mantendo-se, deste modo, o mínimo histórico face à serie disponível, que se inicia em março de 2009. Entre março de 2022 e março de 2023, o rácio de empréstimo­s vencidos da habitação reduziu-se em 0,2 p.p. na Região.

O número de devedores do setor institucio­nal famílias e ISFLSF cresceu face ao trimestre homólogo para os 100,9 mil (+0,8 milhares), sendo que estavam contabiliz­ados, no final do 1.º trimestre de 2023, cerca de 43,7 mil devedores com crédito à habitação (-0,7 milhares de devedores) e 84,5 mil com crédito para consumo e outros fins (+1,0 milhares).

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Dados do Banco de Portugal apontam para um decréscimo em relação ao período homólogo.

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