Albuquerque agradece “ajuda” de Costa
Miguel Albuquerque manifestou-se ontem convicto que o PSD é a alternativa que Portugal precisa, porque “este PS não sabe governar” e “não tem emenda”. António Costa tem uma maioria absoluta, "mas não sabe governar. Portugal, sob a liderança de António Costa, não tem rumo", sublinhou o social-democrata, no discurso de encerramento das Jornadas Parlamentares que reuniram deputados do PSD regional e nacional na Madeira. "Há uma degradação deste Governo que se afigura irreversível", acrescentou o líder do Psd-madeira.
Como sustentou, o PSD tem a obrigação de apresentar um projeto alternativo para governar o País, considerando que, atualmente, os principais setores do País "não funcionam". Cabe ao PSD reconstruir as instituições de direito do Pais, defendeu. Na presença do líder nacional do partido, Miguel Albuquerque disse que "temos um grande trabalho pela frente e um imperativo moral de apresentar um projeto alternativo e uma esperança para Portugal".
E, em relação a este ano de eleições regionais na Madeira, em que Miguel Albuquerque voltou a reiterar que a meta é alcançar a maioria absoluta, o social-democrata agradeceu ao Governo da República “pela grande ajuda que tem dado ao PSD da Madeira, nesta pré-campanha”. A ironizar, disse: “Eu aqui tenho de endereçar o meu respeitoso agradecimento ao primeiro-ministro. Há de facto uma capacidade de fazer a demonstração inequívoca de que a Madeira não precisa do socialismo e a Madeira não precisa deste socialismo que está a ser praticado no continente”, sublinhou.
Como analisou, “o que se tem assistido é constrangedor. É uma rebaldaria institucional que marca este Governo”, disse o líder do PSD-M e presidente do Governo, referindo-se aos “rocambolescos episódios” de “lavar de roupa suja entre responsáveis políticos na Assembleia da República”.
“Há uma degradação deste Governo que se afigura irreversível e este primeiro-ministro não tem qualquer capacidade para inverter a situação”. E, neste contexto, entende que “o PSD tem a elevada responsabilidade de reconstruir o futuro das instituições do Estado de direito democrático, tem a pesada responsabilidade de despartidarizar estas instituições do Estado que foram colonizadas ao longo destes anos por ‘boys e girls’ do Partido Socialista”.
Sobre as eleições regionais este ano, Albuquerque adiantou que “vamos em coligação (com o CDS), com a mesma humildade que sempre tivemos e a mesma capacidade de auscultação da sociedade que sempre tivemos ao longo destes anos”.
Enfatizou ainda que conta com a experiência e “clarividência” de Luís Montenegro, para a revisão constitucional, “essencial para alargar os poderes legislativos” regionais.