Homicida da Meia Légua em prisão preventiva
O homem suspeito de ter morto a companheira a tiro, na noite do passado domingo, no sítio da Meia Légua, concelho da Ribeira Brava, vai aguardar o desenrolar do inquérito judicial em prisão preventiva.
A medida de coação foi decretada ontem ao suspeito, após ser ouvido em sede de primeiro interrogatório judicial, no Tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal.
Ernesto Pestana, 50 anos, chemento Prisional do Funchal.
Segundo fonte judicial, o arguido encontra-se "indiciado pela prática, em concurso efetivo, de um crime de homicídio qualificado e de um crime de detenção de arma proibida".
A companheira, Délia Gouveia, tinha 53 anos, e faleceu em consequência de ferimentos provocados por uma arma de fogo. O disparo terá sido efetuado contra a zona do pescoço, ao que tudo indica quando a vítima se encontrava deitada na cama.
O casal vivia em união de facto há cerca de dez anos, mas nos últimos tempos discutiam com frequência. Sobretudo quando bebiam, tal como o JM noticiou ontem numa reportagem que recolheu testemunhos de familiares, que deram conta de que Ernesto Pestana nunca chegou ao ponto de ameaçar com a morte.
Os familiares também desconheciam, por completo, que o agora arguido tinha uma arma. Ainda segundo o relato providenciado por um familiar, foi o próprio quem ligou a uma filha de outra relação para pedir para que esta, de 17 anos, chamasse uma ambulância.
Por força da natureza do crime, o caso encontra-se sob a alçada da Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Madeira. Além da recolha de todos os elementos de prova necessários para a reconstituição do crime, os inspetores vão também desenvolver diligências no sentido de esclarecer como e quando é que o arguido passou a deter uma arma de fogo.