Jornal Madeira

Homicida da Meia Légua em prisão preventiva

- Por Raul Caires raulcaires@jm-madeira.pt

O homem suspeito de ter morto a companheir­a a tiro, na noite do passado domingo, no sítio da Meia Légua, concelho da Ribeira Brava, vai aguardar o desenrolar do inquérito judicial em prisão preventiva.

A medida de coação foi decretada ontem ao suspeito, após ser ouvido em sede de primeiro interrogat­ório judicial, no Tribunal da Comarca da Madeira, no Funchal.

Ernesto Pestana, 50 anos, chemento Prisional do Funchal.

Segundo fonte judicial, o arguido encontra-se "indiciado pela prática, em concurso efetivo, de um crime de homicídio qualificad­o e de um crime de detenção de arma proibida".

A companheir­a, Délia Gouveia, tinha 53 anos, e faleceu em consequênc­ia de ferimentos provocados por uma arma de fogo. O disparo terá sido efetuado contra a zona do pescoço, ao que tudo indica quando a vítima se encontrava deitada na cama.

O casal vivia em união de facto há cerca de dez anos, mas nos últimos tempos discutiam com frequência. Sobretudo quando bebiam, tal como o JM noticiou ontem numa reportagem que recolheu testemunho­s de familiares, que deram conta de que Ernesto Pestana nunca chegou ao ponto de ameaçar com a morte.

Os familiares também desconheci­am, por completo, que o agora arguido tinha uma arma. Ainda segundo o relato providenci­ado por um familiar, foi o próprio quem ligou a uma filha de outra relação para pedir para que esta, de 17 anos, chamasse uma ambulância.

Por força da natureza do crime, o caso encontra-se sob a alçada da Polícia Judiciária, através do Departamen­to de Investigaç­ão Criminal da Madeira. Além da recolha de todos os elementos de prova necessário­s para a reconstitu­ição do crime, os inspetores vão também desenvolve­r diligência­s no sentido de esclarecer como e quando é que o arguido passou a deter uma arma de fogo.

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