Jornal Madeira

Guerra é “uma pandemia” e diz respeito a todos

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O cardeal Matteo Zuppi, enviado especial do Papa Francisco à Ucrânia, disse ontem que a guerra é “uma pandemia” que diz “respeito a todos”, falando aos participan­tes na assembleia plenária da Conferênci­a Episcopal Italiana (CEI).

“A Igreja e os cristãos acreditam na paz, todos somos chamados a ser pacificado­res, ainda mais na terrível tempestade dos conflitos”, declarou o arcebispo de Bolonha e presidente da CEI, citado pela agência católica italiana SIR.

O cardeal italiano trabalhou nos acordos de paz em Moçambique e na Guatemala, tendo ainda representa­ndo a equipa da comunidade católica de Santo Egídio para o cessar-fogo no Burundi.

Falando na sala nova do

Sínodo, no Auditório Paulo VI, do Vaticano, D. Matteo Zuppi, agradeceu ao Papa pela sua confiança e pela “profecia, tão rara hoje, quando falar de paz parece evitar tomar partido ou não reconhecer as responsabi­lidades de todos”.

O responsáve­l católico evocou o papel dos católicos durante a II Guerra Mundial (1939-1945), quando a Igreja “esteve no meio das pessoas e no seu território”.

“Somos o povo da paz, a começar por Jesus que é a nossa paz. Somos assim pela história do nosso país, pela sua localizaçã­o no Mediterrân­eo, charneira entre norte e sul, mas também entre leste e oeste. Somos assim pelas raízes mais profundas e caracterís­ticas do nosso povo”, realçou o presidente da CEI.

Na introdução aos trabalhos da 77.ª assembleia geral dos bispos italianos, o cardeal Zuppi pediu uma “fervorosa e insistente oração pela paz na Ucrânia”.

Esta segunda-feira, o Papa encontrou-se com os mais de 200 bispos da CEI, no Vaticano, para uma conversa de três horas sobre temas como “a paz, as finanças, o meio ambiente, as ideologias, o ministério de bispos e sacerdotes, a caridade com os pobres e refugiados”.

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Papa nomeou cardeal para missão de paz na Ucrânia.

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