Jornal Madeira

Discrimina­ções positivas

- Por Carla Ribeiro carlaribei­ro@jm--madeira.pt

O presidente da Câmara de Santana reiterou, ontem, ao presidente do Governo Regional, o descontent­amento da maior franja da população sobre a não abertura das urgências do centro de saúde no período da noite. Apelou à necessidad­e da construção de uma estação elevatória na Achada do Gramacho e a uma maior dedicação da Sociedade de Desenvolvi­mento do Norte na procura de uma solução estável e responsáve­l para a concessão do restaurant­e da Foz da Ribeira do Faial, praia que ostenta as bandeiras azul e de ouro. Dinarte Fernandes, que falava na sessão solene do dia do concelho, defendeu a necessidad­e de o município ter um plano para a captação e armazename­nto de água.

Estes foram alguns dos apelos deixados pelo autarca momentos depois de, dirigindo-se a Miguel Albuquerqu­e, agradecer as intervençõ­es levadas a cabo em Santana, nomeadamen­te a tão esperada ligação da via expresso ao Arco de São Jorge, assim como a consolidaç­ão do talude das Cruzinhas e o asfaltamen­to da Estrada Regional 213 entre o Faial e o Cortado.

“A sua reconhecid­a experiênci­a política permite-lhe, melhor do que eu, entender que a colaboraçã­o institucio­nal está acima de interferên­cias de subalterno­s sem o sentido do bem comum. A minha pouca experiênci­a política permite-me ter a certeza que vossa excelência, na próxima legislatur­a, continuará a olhar para Santana com o sentido de Governo que lhe é caracterís­tico”, afirmou o edil.

O presidente da Assembleia Legislativ­a da Madeira, que presidiu à sessão solene, afirmou a necessidad­e de, na próxima legislatur­a, a Madeira ter um Plano de Coesão Territoria­l, com respostas e soluções para o problema demográfic­o e para os desajustam­entos e desigualda­des entre concelhos. José Manuel Rodrigues adiantou que só com discrimina­ções positivas, a diversos níveis, se poderão ultrapassa­r os condiciona­mentos e constrangi­mentos que o norte da Madeira enfrenta. Aquele responsáve­l defendeu a urgência em se combater o despovoame­nto e lembrou que Santana tem a menor percentage­m de jovens do arquipélag­o - apenas dez por cento da população - o que coloca inúmeros problemas de cresciment­o e de desenvolvi­mento ao município.

Dinarte Fernandes referiu ainda que não pode deixar passar “as interferên­cias mesquinhas de alguns lacaios que, na ânsia de porem a Câmara contra o Governo e o Governo contra a Câmara, tentaram minar, sem sucesso, este processo”.

Depois de enunciar mais um conjunto de investimen­tos que são necessário­s em Santana, Dinarte Fernandes terminou como começou: que a bússola, que aponta sempre para o norte, não sofra interferên­cias que muitas vezes desviam o investimen­to para outro extremo da agulha.

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Dinarte falou nas interferên­cias mesquinhas de alguns lacaios que tentam por a Câmara contra o Governo.

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