PR vai ouvir partidos e Conselho de Estado
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou ontem que vai ouvir os partidos com assento parlamentar e o Conselho de Estado em julho sobre a situação económica, social e política do País.
O chefe de Estado falava aos jornalistas antes da cerimónia de abertura da 93.ª edição da Feira do Livro de Lisboa.
"Em julho irei receber os partidos com assento na Assembleia da República para fazer o balanço da sessão legislativa, que termina em julho, e para no fundo os ouvir – já não ouço há meses – sobre a situação económica, social e política", declarou.
"E depois, perto do final de julho, irei convocar um outro Conselho de
Estado para a situação portuguesa", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu que "já há muito tempo" que não convoca o órgão político de consulta presidencial sobre assuntos internos e considerou que "faz sentido ouvir os conselheiros de Estado logo a seguir aos partidos".
A sua intenção não é ouvir os conselheiros "sobre nenhum ponto específico, não é para nenhum caso especifico de intervenção", mas "em geral" sobre "o que é que eles pensam da evolução da economia, como é que irá evoluir até ao fim do ano e no ano que vem, para ouvir sobre a situação social e para ouvir sobre a situação política", disse.
O chefe de Estado afirmou também que “o primeiro contacto” que teve com a intervenção do Serviço de Informações de Segurança no caso do computador levado do Ministério das Infraestruturas foi a 29 de abril, três dias depois da confusão que envolveu Frederico Pinheiro e as assessoras de João Galamba.
“O que posso dizer é que o primeiro contacto que tive sobre esta matéria com alguém foi no dia 29 de abril, no regresso da Ovibeja”, esclareceu Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo lembrou que o primeiro-ministro esclareceu que não tinha havido contacto entre ambos sobre o tema, escusando-se a comentar mais assuntos relacionados com o tema. Mas deixou a ressalva: “Se tiver de voltar a falar, falarei”, sem divulgar com quem falou sobre o SIS.