Exposição-concerto vai até ao continente
Omúsico madeirense Miguel Marques conta realizar, a partir de setembro, uma digressão pelo continente com o seu mais recente trabalho, o primeiro em nome individual, intitulado ‘Tela Sonora’.
A proposta que o artista quer levar às salas de espetáculo é o que chama de exposição-concerto, em que a performance musical será acompanhada, em palco, pela exibição de um conjunto de retratos que desenhou para a Feira do Livro, sob proposta do Teatro Municipal Baltazar Dias, e que ainda podem ser vistos até agosto nos Paços do Concelho.
Autodidata em desenho, Miguel Marques apresenta, nestes concertos intimistas, retratos de figuras públicas feitos com marcadores, uma técnica pela qual optou para ‘fugir’ à aguarela e ao lápis.
Quanto à parte musical, aquela para a qual recebeu formação e tem apostado profissionalmente, há mais de 20 anos, tem como cartão de visita um videoclipe, com dois temas – Lágrima (uma peça clássica de Francisco Tárrega) e Anjos e Demónios (original de Miguel Marques). As imagens mostram-nos em palco o duo Miguel Marques (no baixo) e José Manuel Neto (na guitarra portuguesa). A atuação dos músicos vai cedendo ao longo da exibição o plano a cães e gatos abandonados ou socorridos em canis, sendo este um vídeo que pretende sensibilizar para a defesa dos animais, contra o seu abandono e maus-tratos.
Animad Madeira, Ajuda a Alimentar Cães, ASARB-, Associação de Suporte Animal e Valéria Mendez são as entidades protetoras de animais que cederam os vídeos incorporados no trabalho.
Miguel Marques, tutor de cães e voluntário em associações, lamenta que continue a haver, da parte das pessoas, muita indiferença em relação ao bem-estar dos animais, apesar das medidas legislativas que têm surgido. Espera que o vídeo seja mais um contributo em prol desta causa no despertar das consciências.
Relativamente ao trabalho musical, destaca “a equipa de luxo” que conseguiu reunir nesta produção. O guitarrista que o acompanha, José Manuel Neto, do continente, acompanhou Carlos do Carmo, Camané e Ana Moura, entre outros, tendo aceitado “de caras” participar neste trabalho, afirma Miguel Marques.
Outros intervenientes são os músicos Nuno Filipe, nos teclados e samplers, e Susana Magalhães, autora da orquestração, tendo sido também quem gravou o sexteto de cordas. Luís Filipe França, músico e artista plástico, foi o responsável por toda a cenografia do vídeo.