A hora da despedida de Catarina Martins
A XIII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda - que decorre este fim de semana no pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, sob o lema ‘Levar o País a sério’ –, será marcada pela despedida de Catarina Martins, que sai de cena ao fim de uma década, e pela eleição da nova liderança do partido.
Em debate estarão duas moções, uma de Mariana Mortágua – ‘Uma força, muitas lutas’, subscrita por diferentes nomes da atual direção, incluindo a própria Catarina Martins, e outra de Pedro Soares – ‘Um Bloco plural para uma alternativa de esquerda - um desafio que podemos vencer!’, subscrita por vários críticos da atual direção.
Assim, e numa altura em que os bloquistas enfrentam os dissabores de uma bancada parlamentar reduzida, fruto dos maus resultados das legislativas antecipadas de 2022, os 654 delegados terão de decidir se optam pela continuidade, com a eleição de Mariana Mortágua, ou se apostam na mudança, elegendo Pedro Soares.
“Uma vida boa para todas as pessoas, sem exceção” é aquilo que move a moção de Mortágua, que promete que “o BE será a mais forte oposição ao Governo” e o PS criticado por ter encontrado “no crescimento do Chega a fórmula eleitoral para tentar salvar a sua maioria absoluta” uma vez que não consegue “oferecer soluções mobilizadoras”.
Já os críticos defendem que é “preciso resgatar a ideia génese do Bloco” e apontam a ausência de balanço do “ciclo de perdas eleitorais e de diminuição de influência social”, considerando que a “campanha centrada no objetivo da repetição de um acordo com o PS foi um dos fatores de derrota” nas eleições de 2022.
dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) previstas para os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira foram ontem desmarcadas, revelou o Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF). “Acabámos de desconvocar e levantar os pré-avisos [de greve]”, afirmou à Lusa o presidente do SIIFF, Renato Mendonça. Para o sindicato, com a promulgação dos diplomas relativamente à transição do pessoal e à criação da APMMA [Agência Portuguesa para as Minorias, Migrações e Asilo, entretanto renomeada para AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo], que estabelece também o horizonte de 29 de outubro para a transição, ficam esvaziados “os fundamentos que estavam previstos no pré-aviso de greve”.
AS GREVES