2022 contabilizou mais de 300 apicultores
Segundo indicam os dados divulgados ao JM pela Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, em 2022, estavam registados no arquipélago 312 apicultores, mais 20 do que em 2020 (292) e nove do que em 2021 (303), os quais totalizavam 9.610 colmeias, 698 apiários e 920 núcleos [ver tabela]. Destas mais de três centenas de apicultores, apenas quatro estavam certificados no modo de produção biológico.
Em 2022, Santana voltou a ser concelho onde que se concentrava um maior número de apiários (128, um dos quais em modo de produção biológica), seguindo-se Machico (95), Santa Cruz (78), Funchal (69), Ribeira Brava (66, um biológico), São Vicente (66, um biológico), Calheta (65) e Câmara de Lobos (54). Ponta do Sol (44, um biológico), Porto Moniz (34, um biológico) e o Porto Santo (11) são os concelhos que registam um menor número de apiários. De assinalar que a ilha dourada conta com um total de 39 colmeias, que estão ao cuidado de oito apicultores.
De assinalar ainda que, no ano passado, existiam 33 unidades de produção primária, um aumento de 10 face a 2021 (23) e de 14 face a 2020 (19), e três melarias, o mesmo número que nos dois anos anteriores.
da atividade.
É perante este cenário que o apicultor não deixou de lamentar o facto de a Região não ter sido novamente contemplada nos apoios nacionais atribuídos para fazer face a esta conjuntura. “Mais uma vez, o Governo da República esquece-se de quem vive nas ilhas”, atirou.
De assinalar ainda que a estes desafios juntam-se os já habituais problemas derivados da orografia da ilha e das pragas que assolam as colmeias. No entanto, no que a esta última concerne, a situação “está controlada”.
“Temos todas as doenças que existem nas abelhas na Região, exceto o escaravelho que dá na colmeia e a vespa asiática. Mas apesar de não existir, o Governo Regional já está a monitorizar através de armadilhas a captura de potenciais fundadoras e exemplares da velha asiática para saber de antemão se ela já anda na Região”, elucidou.