Sidras da Camacha tocam o mundo

duas sidras normais. A Sidra Espumante Envelhecida recebeu a medalha de ouro com 114.5 pontos e ficou a somente quatro pontos da sidra vencedora que é da Alemanha. Já o Espumante de Sidra Natural, recebeu, com 88 pontos, a medalha de bronze.

Dois destaques que deixam o responsável, Márcio Nóbrega, feliz, mas sobretudo a olhar para o futuro. "Vencer as medalhas foi extremamente gratificante e é indicador que este é um projeto que tem futuro, pois trata-se de um projeto com tão pouco tempo! Num ano e meio, construímos a sidraria, cuidamos dos pomares, colhemos as maçãs e fizemos uma sidra vencedora! É um feito gigantesco para um projeto tão novo", argumenta.

Para estas conquistas, o empresário lembra que a sidra tem uma história longa entre os madeirenses. "Aquilo que nos fez ser premiados foi a nobreza que demos à sidra da Madeira! Nós não estamos a descobrir a sidra agora! Aquilo que está a acontecer é uma redescoberta. A Madeira já produz sidra há 5 séculos! Só que nestes 5 séculos a sidra nunca sofreu evolução! Foi sempre feita para consumo imediato nas nossas casas, pelo que não havia o cuidado que a nossa sidra merece! Sempre foi vista como um parente pobre da nossa cultura", recorda. Márcio Nóbrega defende ainda que o trabalho de barrica ajudou a melhorar a sidra que produz. "O que fizemos foi fazer sidra bem feita, com o todo o cuidado que ela merece, com novas técnicas e associando a história do Vinho Madeira! O facto de as nossas sidras estagiarem em pipas de vinho madeira, faz com que um pouco da sua história, da nobreza do vinho Madeira funda com a sidra. Foi isso que fez que tivéssemos sido reconhecidos". O produtor tem planos auspiciosos para os próximos anos, pretendendo chegar às 20 mil garrafas nos próximos dois anos. A produção atual é de 9 mil garrafas.