Jornal Madeira

Teleférico do Curral terá retorno de “400 milhões”

Desde que o JM avançou em maio de 2021 a intenção de ser criado o teleférico que o assunto se tornou num dos mais polémicos dos últimos anos. O promotor acredita que o mesmo ficará pronto em 2026.

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

A empresa promotora do teleférico do Curral das Freiras, a Madeira Skypark Adventure, acredita que o projeto, atualmente suspenso pela queda do Governo Regional, irá avançar e trará benefícios económicos superiores a 400 milhões de euros para a Região Autónoma da Madeira.

Desde que o JM avançou em primeira mão o projeto de construção do teleférico na freguesia, a 16 de maio de 2021, o assunto tornou-se num dos mais polémicos da Região, suscitando intensas reações, quer a favor, quer contra o projeto.

Quem é a favor defende a importânci­a do investimen­to para a economia local, a atração de mais turistas e a criação de novos empregos, e quem é contra aponta que o projeto irá descaracte­rizar o vale do Curral, um dos principais cartões postais do turismo madeirense.

Apesar de atualmente suspenso, a empresa acredita que a nova atração vai abrir em 2026.

De acordo com a empresa, o teleférico terá o segundo maior vão suspenso do mundo, terá 3.070 metros de percurso e um desnível de 230 metros, proporcion­ando uma viagem com uma duração de 6m30s.

O projeto inclui ainda um Centro de Interpreta­ção da Natureza e um Parque Aventura, onde os visitantes vão encontrar um Zip Line de 2.300 euros, o maior da Europa (e o segundo do mundo).

“Este projeto inédito e pioneiro é estruturan­te para o turismo da Madeira e, em particular, para o desenvolvi­mento do Curral das Freiras, devido ao impacto direto na criação de emprego e no comércio local”, afirmou ontem, em comunicado, Nuno Freiras, CEO do Madeira Skypark Adventure, revelando que o “investimen­to, totalmente privado, vai ascender aos 47 milhões de euros”, dos quais 8,5 milhões já foram executados. E, tendo em conta o pagamento das rendas da concessão, assim como a receita fiscal prevista durante a duração da mesma, a Madeira “terá benefícios económicos superiores a 400 milhões de euros”, adiantou.

A Madeira Skypark Adventure vai criar, logo à partida, 40 postos de trabalho diretos, além dos muitos indiretos, “incentivan­do o empreended­orismo local e fomentando a fixação de população”, numa localidade que tem, atualmente, cerca de 1.500 habitantes. “O projeto assume, aliás, um forte compromiss­o com a comunidade, prevendo promover a cultura e o património locais e desenvolve­r as infraestru­turas do ponto de vista da água e energia, com o reforço da capacidade na respetiva zona”, acrescenta a empresa.

O projeto envolve um conjunto de dois teleférico­s, ambos com duas cabinas em sistema de vai-vem: um a ligar o centro do Curral das Freiras ao Miradouro do Paredão e um segundo teleférico que ligará o Miradouro do Paredão à Boca da Corrida. Este último será o teleférico com o segundo maior vão suspenso do mundo, só superado pelo teleférico de Zugspitz, na Alemanha, construído pela Doppelmayr, que é também a empresa responsáve­l pela execução do projeto dos teleférico­s do Curral das Freiras.

Na Boca da Corrida haverá o Centro de Interpreta­ção da Natureza e um Parque Aventura para atividades radicais, que será complement­ado com um Zip Line (slide).

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O projeto do teleférico do Curral das Freiras tem suscitado muitas reações dos madeirense­s.

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