Empresa cresce mas não encontra trabalhadores
O presidente do Governo Regional visitou, ontem, a Cozimadeira, uma empresa familiar de fabricação de cozinhas e de outros móveis para o interior das casas que em 2023 faturou 1,5 milhões de euros e que, em 2024, deverá chegar aos 1,9 milhões de euros.
Localizada no Caniço, a empresa com 27 anos de existência é hoje gerida pela segunda geração. Depois de um forte investimento em nova maquinaria nos últimos anos, alguma já com recurso a Inteligência Artificial, a Cozimadeira viu aumentar os seus níveis de produtividade e expandir a sua atuação na ilha.
David Andrade, gerente da empresa, explicou que até ao final do ano há encomendas para criar 120 cozinhas. O negócio está, hoje, concentrado na fabricação de móveis para as empresas construtoras. O preço de cada cozinha pode variar entre os 3 mil euros e os 15, 20 ou 30 mil euros. “Depende do que o cliente quiser”, disse.
Apesar dos fortes investimentos em máquinas, a Cozimadeira quer somar aos atuais 25 funcionários mais 10 novos trabalhadores, mas está a ter dificuldade de encontrar interessados no mercado regional, apesar de já ter procurado no Instituto de Emprego e de ter feito anúncios.
Os novos funcionários seriam para serviços nas próprias obras, uma vez que são sempre necessários trabalhadores para fazer a instalação dos equipamentos nos prédios.
David Andrade diz que a empresa está a viver um período de expansão desde 2019, altura em que também começou a investir em novas maquinarias. “O investimento permitiu dar um salto”, concluiu.
Por seu turno, Miguel Albuquerque destacou a qualidade do empresário, de 36 anos, considerando-o um exemplo dos investidores que a Madeira precisa: aqueles que “apostam na modernização da empresa e na automatização e introdução de tecnologia, no sentido de ganhar valor acrescentando para ter um produto de excelência”.
Sobre a falta de mão de obra, Albuquerque assumiu a “culpa” por os seus Governos terem feito “baixar o desemprego 59%”, havendo agora “um mercado com emprego”. A solução passará também pela importação de mão de obra “devidamente integrada, com habitação e trazendo a família”, apontou, adiantando que alguns empresários já estão a avançar nesse sentido.