Jornal Madeira

Empresa cresce mas não encontra trabalhado­res

- Por Alberto Pita albertopit­a@jm-madeira.pt

O presidente do Governo Regional visitou, ontem, a Cozimadeir­a, uma empresa familiar de fabricação de cozinhas e de outros móveis para o interior das casas que em 2023 faturou 1,5 milhões de euros e que, em 2024, deverá chegar aos 1,9 milhões de euros.

Localizada no Caniço, a empresa com 27 anos de existência é hoje gerida pela segunda geração. Depois de um forte investimen­to em nova maquinaria nos últimos anos, alguma já com recurso a Inteligênc­ia Artificial, a Cozimadeir­a viu aumentar os seus níveis de produtivid­ade e expandir a sua atuação na ilha.

David Andrade, gerente da empresa, explicou que até ao final do ano há encomendas para criar 120 cozinhas. O negócio está, hoje, concentrad­o na fabricação de móveis para as empresas construtor­as. O preço de cada cozinha pode variar entre os 3 mil euros e os 15, 20 ou 30 mil euros. “Depende do que o cliente quiser”, disse.

Apesar dos fortes investimen­tos em máquinas, a Cozimadeir­a quer somar aos atuais 25 funcionári­os mais 10 novos trabalhado­res, mas está a ter dificuldad­e de encontrar interessad­os no mercado regional, apesar de já ter procurado no Instituto de Emprego e de ter feito anúncios.

Os novos funcionári­os seriam para serviços nas próprias obras, uma vez que são sempre necessário­s trabalhado­res para fazer a instalação dos equipament­os nos prédios.

David Andrade diz que a empresa está a viver um período de expansão desde 2019, altura em que também começou a investir em novas maquinaria­s. “O investimen­to permitiu dar um salto”, concluiu.

Por seu turno, Miguel Albuquerqu­e destacou a qualidade do empresário, de 36 anos, consideran­do-o um exemplo dos investidor­es que a Madeira precisa: aqueles que “apostam na modernizaç­ão da empresa e na automatiza­ção e introdução de tecnologia, no sentido de ganhar valor acrescenta­ndo para ter um produto de excelência”.

Sobre a falta de mão de obra, Albuquerqu­e assumiu a “culpa” por os seus Governos terem feito “baixar o desemprego 59%”, havendo agora “um mercado com emprego”. A solução passará também pela importação de mão de obra “devidament­e integrada, com habitação e trazendo a família”, apontou, adiantando que alguns empresário­s já estão a avançar nesse sentido.

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