Monte vestido a preceito venerou o Imperador
O Largo da Fonte regressou ontem ao passado para recordar que ali viveu e está sepultado o último imperador austro-húngaro. Foi a VII edição do evento Monte Imperador.
O imperador beato Carlos d’ Hungria e a imperatriz Zita de Bourbon-parma, acompanhados da respetiva prole de sete filhos, foram os protagonistas de mais uma edição do evento Monte Imperador, uma iniciativa da Junta de Freguesia local, que sempre cativa residentes e visitantes.
Sob um calor abrasador, figurantes
e vendedores ambulantes não desmobilizaram e mantiveram o Largo da Fonte animado, desde o final da manhã até ao final da tarde. Como é habitual, o ponto alto do programa foi o cortejo etnográfico com todos os figurantes, entre a escadaria da Igreja de Nossa Senhora do Monte e o largo.
Animação musical, gastronomia, passeios a cavalo e quadros de época, sobre o ‘modus vivendi’ da população em 1922 (data da morte do monarca, aos 34 anos de idade, no exílio), preencheram o programa. A contextualização histórica e a importância de Carlos d’áustria para a Madeira, foram abordados durante um painel, no coreto, moderado por Xavier Agrela, que juntou o secretário regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, a presidente da Junta de Freguesia, Idalina Silva, e o escritor Duarte Miguel Mendonça (autor do livro ‘Carlos e Zita de Habsburgo – crónica de um exílio imperial na cidade do Funchal).
Eduardo Jesus, acérrimo defensor de que a cultura e o turismo têm uma ligação muito forte na Madeira, destacou o imperador-beato (sepultado na Igreja do Monte) como uma referência internacional que atrai visitantes estrangeiros à Região e, consequentemente, à freguesia do Monte. O governante espera que em breve o Museu do Romantismo, em construção na Quinta Jardins do Imperador, onde o monarca viveu com a família, esteja concluído.