Prosseguem diligências em relação a navio apreendido
Dada a “sensibilidade” da situação que envolve o navio com pavilhão português capturado pelas autoridades iranianas, Portugal irá “manter reserva” nas diligências previstas.
Portugal vai continuar a “desenvolver todas as diligências previstas e adequadas” relativamente ao navio com pavilhão português capturado pelas autoridades iranianas, mas, dada a sensibilidade da situação, irá “manter reserva”, disse ontem fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O embaixador de Portugal em Teerão, Carlos da Costa Neves, reuniu-se domingo de manhã (10h30, hora de Lisboa) com o chefe da diplomacia do Irão, Hossein Amirabdollahian, para obter esclarecimentos sobre a captura do navio com pavilhão português no Estreito de Ormuz. Na sequência desse encontro, fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse à Lusa que “o Governo continua a desenvolver todas as diligências previstas e adequadas”.
“Atendendo ao novo contexto e à sensibilidade da situação, é aconselhável manter reserva”, acrescentou, não dando mais pormenores sobre o encontro.
Questionada sobre se o Governo português pondera ou não agravar as medidas diplomáticas face a este incidente, a mesma fonte disse que essa hipótese não está excluída, ten
do em conta o “constante acompanhamento e evolução” da situação.
Disse também não saber responder sobre se o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, irá chamar o embaixador iraniano em Lisboa, Morteza Damanpak Jami.
O navio com pavilhão português, um porta-contentores, foi apreendido no sábado pelo Irão perto do Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, com um total de 25 tripulantes a bordo.
Na altura, o Ministério dos Ne
gócios Estrangeiros português confirmou tratar-se de um navio de carga, o MSC Aries, com pavilhão português (registo na Região Autónoma da Madeira), sendo a empresa proprietária a Zodiac Maritime Limited, com sede em Londres.