Feira do Livro será hino à literatura
Não só de livros respira a feira de Santa Cruz, que se realiza entre os dias 23 e 28 deste mês, na promenade dos Reis Magos. A terceira edição, denominada ‘Cantar é a maneira mais pura de contar’, com Filipa Leal como autora convidada, foi apresentada ontem, sob a égide das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril.
Raquel Gonçalves, diretora da Feira do Livro de Santa Cruz, explicou que o objetivo da organização é que este seja “um encontro sobre a literatura, mas nas suas diversas formas: a que se lê, a que se canta (até porque vamo-nos nos associar ao 25 de Abril e as senhas da liberdade foram canções) e a literatura que se filma”.
“No fundo, queremos que esta feira seja um hino à literatura nas suas diversas formas e multifuncionalidade”, disse.
Raquel Gonçalves destacou ainda a aproximação com as crianças do concelho e visitantes. Ao longo da semana, estarão presentes cerca de 600 crianças no evento, das escolas de Santa Cruz.
A diretora regional dos Assuntos Culturais, Natércia Xavier, considerou que a Feira do Livro de Santa Cruz “fala muito mais do que livros. Fala da forma como usamos as palavras para comunicar. Isso é extremamente importante quando hoje existem silêncios ensurdecedores”.
Estarão presentes sete livreiros, um dos quais dedicado a edições livres. O evento representa um investimento da autarquia de cerca de 50 mil euros.
O programa é muito vasto e entre apresentação de livros, espetáculos, leituras e animação de ruas, destaque para a abertura oficial e leitura performativa de ‘Manifesto pelos leitores de poesia’, com Filipa Leal, no dia 23, o concerto com Mafalda Veiga, no dia 24, seguindo-se de fogo de artifício que irá receber o Dia da Liberdade, o concerto ilustrado de Ana Lua Caiano, no dia 27, bem como a apresentação do livro ‘Deus na Escuridão’ de Valter Hugo Mãe, e sessões de cinema.