Reforço na prevenção de doenças respiratórias
Não há lista de espera para o Serviço de Pneumologia. Garantia deixada, ontem, pelo secretário regional de Saúde e Proteção Civil no final de uma caminhada que 50 pessoas com doença respiratória realizaram ao longo da Avenida do Mar, acabando na Praça do Povo, onde concluíram com alguns exercícios físicos.
Ocasião em que João Carvalho, responsável pelo ginásio de reabilitação respiratória, adiantou à comunicação social que, em 2023, foram acolhidos 80 doentes e houve 2.300 sessões de esclarecimento. João Carvalho, responsável pelo projeto que existe há dois anos – no ano passado, aconteceu uma iniciativa no Hospital dos Marmeleiros - falou do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido no sentido de minimizar as dificuldades que os doentes com problemas respiratórios vivem no seu dia a dia e que, com determinadas atividades simples, passam a conseguir subir e descer escadas, por exemplo, com muito mais facilidade.
Já o secretário regional de Saúde e Proteção Civil, que dirigiu uma palavra de incentivo a todos aqueles que participaram no evento, lembrou que as doenças respiratórias são das principais causas de morte na Região. Isto apesar de o Serviço de Pneumologia ser apontado como um serviço de excelência. Aliás, conforme assegurou o governante, o mesmo serviço tem feito intervenção em diversas áreas, tendo arrancado, recentemente, com rastreio com espirometria a pessoas com mais de 40 anos. O projeto piloto arrancou em Santo António e no Porto Santo, conforme já foi divulgado. Mas deverá estender-se a outros centros de saúde.
Algumas delas apanharam uma surpresa com o resultado do teste feito, uma vez que não tinham quaisquer sintomas. O secretário regional adiantou ainda, embora sem pormenorizar, que há mais recursos humanos no Serviço de Pneumologia, que é liderado por Vitor Teixeira.
Há ainda inquéritos para asma, para os síndromes da apneia obstrutiva do sono e as próprias espirometrias deverão avançar para pessoas com idade mais baixa. Numa fase seguinte, será feito o rastreio do cancro do pulmão, para um diagnóstico mais precoce, no sentido de aumentar a sobrevivência destes casos que, há anos, tinham uma mortalidade bastante elevada.
“Estamos a fazer as coisas de maneira diferente e os profissionais que estão a lidar com vocês são os melhores. Têm também bons equipamentos”, assegurou.