EXTINÇÃO DA SAD NO CAB “FAZ SENTIDO”
O CAB discute no dia 30 a extinção da SAD, um passo “inevitável”, segundo o presidente Francisco Fernandes, atendendo à atual realidade do clube.
O Clube Amigos do Basquete (CAB) apreciará e votará, no próximo dia 30 deste mês, em contexto de Assembleia Geral ordinária, a extinção da SAD.
A reunião magna incidirá principalmente sobre esse ponto, havendo ainda espaço para “outros assuntos que os sócios ou a direção queiram abordar”, segundo a convocatória da Mesa da Assembleia Geral divulgada ontem.
O JM contactou Francisco Fernandes, presidente da SAD, que explicou o processo.
“Tanto esta direção como a anterior já tinham pensado e equacionado este cenário que, a meu ver, faz sentido. A SAD foi criada devido a uma obrigatoriedade legal em relação ao Plano de Apoio ao Desporto, mas neste momento isso não se coloca. A competição nem é profissional e a descida obrigou naturalmente a redimensionar as coisas. No fundo, isto é um passo atrás, porém inevitável, porque eu defendo o profissionalismo no desporto”, começou por dizer, afirmando que neste momento “não é comportável estar a suportar duas estruturas”.
A SAD custa neste momento, pelo menos, “entre 14 a 15 mil euros” para o clube, que tem um
“orçamento de cerca de 50 mil euros”.
Nesse sentido, Francisco Fernandes diz que esta decisão visa “o bem-estar do clube”, principalmente do ponto de vista financeiro.
Quando questionado sobre as possíveis implicações no projeto desportivo do clube, o presidente do clube e da SAD do CAB diz que permanece tudo inalterado.
“O que vamos fazer é concentrar tudo na estrutura do clube. Sabemos que será um processo moroso, não é imediato, mas é o
que faz sentido neste momento. Desportivamente e ao nível de apoios não haverá implicações. Mantemos o objetivo em subir o mais rápido possível, voltando às nossas origens, somente enquanto clube”, explicou, vincando que a criação da SAD não foi um erro.
“Na altura fez todo o sentido criar a SAD e foi benéfico para o clube. Mas, neste momento, foi uma questão de analisar e enquadrar a realidade do clube. Na altura foi benéfico, tal como agora será benéfico deixar de ter SAD”, realçou.