Jornal Madeira

TIAGO MARGARIDO SÓ FICA COM RUI ALVES

Técnico quer manter-se no Nacional desde que o presidente alvinegro aceite recandidat­ar-se e se mantenha na liderança do clube. Outro cenário levará à sua saída. Projeto e proposta do Nacional ditarão o futuro.

- Por Marco Freitas marco.freitas@jm-madeira.pt

A continuida­de de Tiago Margarido no comando técnico do Nacional depende da continuida­de de Rui Alves no clube. E, Rui Alves tem afirmado com recorrênci­a que não será candidato se a forma como o Governo Regional olha para o futebol profission­al não for revista: ou seja, com os valores atuais de subvenção pública: 1,7 milhões de euros de subvenção na I Liga e 875 mil não é candidato.

Isto significa que a continuida­de de Rui Alves dependerá, no fundo, do próximo Governo Regional.

O dirigente máximo dos alvinegros quer valores mais significat­ivos que igualem pelo menos o que era pago no ano 2000: 3 milhões na I Liga e 1,5 milhões na II Liga. Tudo o que não representa­r esta aposta, o dirigente não se apresentar­á a eleições.

As eleições para o clube serão marcadas para 17 de junho próximo de forma a que o dirigente possa ter tempo para apurar o vencedor das eleições e ainda a estratégia para o futebol profission­al do próximo partido ou partidos – que liderarem o Governo Regional.

Ambição determinan­te

De não somenos importânci­a, está também para Tiago Margarido a necessidad­e de conhecer a proposta e a ambição do clube para a I Liga. Ou seja, é necessário conhecer as linhas gerais com que Rui Alves quer lançar-se para a I Liga. E se o projeto será suficiente­mente ambicioso para o técnico.

Além disso, é necessário apurar-se quantos jogadores manter-se-ão na equipa e quantos reforços serão necessário­s para a exigência da I Liga. Com um leque de 11 jogadores titulares e outras quatro opções mais regulares, o Nacional necessita de quase um jogador por posição.

Margarido sente-se em ‘casa’

Ora, depois de as emoções assentarem ao longo do dia de ontem e com

Margarido ainda focado no objetivo de o Nacional ser campeão da II Liga – basta ganhar ao Mafra e esperar que o Santa Clara empate frente ao Leiria para o título de campeão aterrar na Choupana – as partes já demonstrar­am a intenção de se manterem juntas.

Por outro lado, a direção do Nacional deixa o treinador trabalhar sem pressão, reconhecen­do-lhe competênci­a e liderança em doses significat­ivas. Aqui, não pode ser ignorada a relação de amizade que se criou entre a direção e o técnico.

Por isso, em vez de apostar no escuro – já que tem vários interessad­os nos seus serviços – Margarido prefere trabalhar pelo menos mais uma época com liberdade para decidir, escolher, no fundo liderar o Nacional na I Liga. Finalmente, manter Tiago Margarido vai permitir ao Nacional segurar uma boa parte da atual equipa que conseguiu a promoção à I Liga. A relação da equipa técnica com os

jogadores foi ótima e muitos veem capacidade para continuar a crescer.

Consciente das dificuldad­es financeira­s do clube, o técnico conseguiu um brilharete com apenas dois reforços no início da época – depois chegou Diga Almeida – e sem reforços em janeiro. Por isso, Margarido esteve sempre do lado da solução e da resolução dos problemas.

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Tiago Margarido quer continuar no Nacional ao lado de Rui Alves.

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