‘Queen Anne’: a nova rainha do mar
É o navio número 249 da Cunard e esteve no Funchal naquela que é a sua primeira viagem comercial. Zarpou, rumo a Lanzarote, após pernoita no porto do Funchal, com 2.600 passageiros e 1.000 tripulantes.
Uma ode ao estilo britânico. Acolhedor, clássico, com peças de decoração requintadas, equilibrando entre os tons dourados e os castanhos, sem descurar os tons mais avermelhados. Assim é o navio de cruzeiro ‘Queen Anne’ que esteve, por estes dias, pela primeira vez na Região. Chegou na terça-feira e pernoitou até ontem. Dia em que teve lugar, a bordo, a habitual troca de placas, reunindo as entidades portuárias e o capitão do navio. No caso, a capitã.
Chama-se Inger Klein Thorhauge e é a primeira mulher a comandar um navio da reconhecida companhia britânica Cunard. Coincidentemente, a mulher do leme celebrou o seu aniversário no dia de ontem naquele que considerou ser um porto “belo”, um dos seus favoritos e onde é um gosto, assim o transmitiu, regressar.
Inger Klein Thorhauge esteve na Madeira, pela primeira vez, em 1997 e sustentou aos jornalistas que esta é uma carreira desafiante, mas gratificante, evidenciando apreciar a hospitalidade madeirense. A mesma que se encontra a bordo deste navio de cruzeiro, o mais recente da companhia, tendo sido lançado ao mar no passado dia 24 de abril, com capacidade para transportar 2.996 passageiros e 1.225 tripulantes. Ontem, todavia, trouxe 2.600 passageiros e 1.000 tripulantes, numa viagem iniciada em Southampton e que, depois do Funchal, seguiu para Lanzarote.
Tudo no interior do ‘Queen Anne’ é pensado até ao mais ínfimo detalhe, com o propósito de criar uma atmosfera sedutora e que, em tudo, apela aos sentidos. Também à História britânica, é certo, a começar pelo nome de batismo do navio. É um tributo à rainha Ana, que governou o Reino Unido entre 8 de março de 1702 e 1 de maio de 1714.
De resto, o navio, que é agenciado pela Blatas, Lda (Blandy Shipping), agente de navegação da Cunard desde 1905, faz parte de uma frota ultra segmentada que presta homenagem às rainhas regentes britânicas do último milénio.
Mas há mais. A bordo, encontra uma réplica do anel de noivado da Princesa Diana numa pequena galeria onde constam outras réplicas de joias dos membros mais célebres da família real inglesa.
Construído nos estaleiros italianos da Fincantieri, o navio, em termos de características, tem 323 metros de comprimento, só ultrapassado pelo ‘Queen Mary 2’, com 345 metros.
Merece igual relevo a circunstância de esta escala acontecer vinte anos depois da primeira passagem, pelo Funchal, do ‘Queen Mary 2’. À época, o maior navio de cruzeiro do mundo.