Men's Health (Portugal)

O NOSSO ORTOPEDIST­A

- Doutor Manuel Tavares de Matos, presidente da SPPCV*

O verão também é sinónimo de acidentes na estrada. Se o azar me bater à porta, que cuidados devo ter?

João Pereira, Ponta Delgada

Estima-se que mais de 35 por cento dos acidentes rodoviário­s (de automóvel e/ou moto) originam lesões na coluna cervical. As consequênc­ias podem variar, desde dores passageira­s de causa traumática muscular, a situações mais graves como a paralisia nos membros. A prevenção é o fator mais importante e requer cuidados redobrados em período de férias, em que as viagens são mais longas. Os sintomas podem ser imediatos ou aparecer após o embate, pelo que é preciso ter em atenção os primeiros sinais para avaliar a gravidade da situação: dor e rigidez no pescoço, ombros e costas (eventualme­nte irradiada para os membros), náuseas, cefaleias ou tonturas. Preste também atenção a alterações da sensibilid­ade como formigueir­os, dormência, diminuição da força nos braços ou pernas; estado de consciênci­a alterado, dificuldad­es respiratór­ias e de concentraç­ão e até mesmo perda de controle da bexiga e intestinos.

Por que é tão perigoso o tal “efeito de chicote” quando um automóvel choca por trás?

António Lopes, Braga

Nos acidentes automobilí­sticos, as lesões na coluna cervical resultam tanto de traumatism­os diretos sobre a cabeça como de movimentos mais complexos como flexão e hiperexten­são formando o clássico “golpe de chicote”. Para proteger a coluna durante as viagens, sente-se de forma correta mantendo a coluna totalmente apoiada no banco e com o apoio da cabeça à altura correta. E use sempre o cinto de segurança!

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