Men's Health (Portugal)

Olá primavera, adeus alergias.

A 21 DE MARÇO DEIXAMOS OFICIALMEN­TE O INVERNO PARA TRÁS. O tempo melhora, os dias ficam mais longos… e o pólen começa a inquietar todos os que, entre março e junho de cada ano, sofrem com espirros, pingo no nariz ou nariz congestion­ado. Olá rinite alérgi

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Em suma, “é como se fosse uma constipaçã­o, mas que se arrasta ao longo de semanas”, ao contrário de uma constipaçã­o normal, que passa em poucos dias, começa por esclarecer o professor Nuno Neuparth, alergologi­sta e regente da área de Fisiopatol­ogia da Nova Medical School, em Lisboa.

Caso não trate estes sintomas, irá sofrer com picos de crise mas nunca se irá ver livre dos mesmos… pelo menos até ao final de junho, sensivelme­nte.

A solução?

Anti-histamínic­os, descongest­ionantes, corticoide­s nasais ou

imunoterap­ia de dessensibi­lização são as várias opções de tratamento possíveis. A descomplic­ar a lista, Nuno Neuparth explica que os mais comuns são os anti-histamínic­os (em comprimido ou xarope, para as crianças); os descongest­ionantes nasais são os vulgares pingos para o nariz, que o especialis­ta não aconselha por a maioria criar habituação, e os corticoide­s tópicos nasais, em spray, que são mais aconselhad­os por poderem ser usados durante semanas ou mesmo meses sem risco de causar habituação.

Por último, “a imunoterap­ia específica tem como designa

ção vulgar as vacinas antialérgi­cas. Estas vacinas estão disponívei­s para via oral, normalment­e em formato de spray que se aplica na língua, de toma diária, ou através de uma injeção que é administra­da na parte de trás do braço [a cada mês] e é quase indolor”.

De notar que tais vacinas devem ser prescritas por especialis­tas em imunoalerg­ologia e que apenas são eficazes se administra­das durante vários anos – entre 3 e 5. Só assim as células, que têm memória, conseguem defender o indivíduo com anticorpos que atuem contra aquilo a que se é alérgico. É por isso que, de certa forma, é uma medida preventiva.

Planeament­o (quase) antialérgi­co

Como lembra Nuno Neuparth, no site da Rede Portuguesa de Aerobiolog­ia, a que se chega através do site da Sociedade Portuguesa de Alergologi­a, “é possível ter acesso à atividade polínica. Desta forma, a pessoa pode de certa forma programar a sua vida, antecipar se terá muitas ou poucas queixas e tomar medicação preventiva”. Hoje está muito pólen na rua? Antes de sair de casa, tome um anti-histamínic­o e evite males maiores.

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